Lobo-marinho resgatado com rede de pesca presa ao pescoço é solto em Florianópolis, SC

Após um mês em reabilitação, o lobo-marinho-do-Sul juvenil (Arctocephalus australis), resgatado com um pedaço de rede preso ao pescoço, voltou para a natureza. A soltura ocorreu na manhã desta segunda-feira (17), na Praia do Moçambique, em Florianópolis.
O ferimento causado pela rede cicatrizou totalmente e o local já apresenta o crescimento da pelagem. A suspeita é que a interação com o apetrecho de pesca tenha acontecido quando o animal ainda era filhote. Caso a rede não fosse retirada, com o crescimento do animal o corte ficaria cada vez mais profundo, podendo levar a infecções secundárias e até ao óbito.
Segundo a veterinária Marzia Antonelli, o lobo-marinho apresentou alterações gastrointestinais e os exames laboratoriais apontaram anemia e infecção, possivelmente parasitária. “Foi instituído tratamento para gastrite com protetores e suplementação para anemia, além de medicamentos antiparasitários para endo e ectoparasitas”, comenta Marzia.
Após uma semana, a condição corpórea, o aspecto do pelo e das fezes melhoraram. Foi realizada, então, nova coleta de sangue e os resultados confirmaram que o animal não apresentava mais anemia e infecção. Ao descartar argolas, lacres de embalagens, além do descarte correto, lembre-se sempre de cortá-los. Uma atitude simples que pode evitar que os resíduos sólidos não fiquem presos em animais selvagens. As ações de resgate, reabilitação e soltura de animais marinhos são feitas por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela R3 Animal da Ilha de Santa Catarina. O PMP-BS é uma condicionante ambiental.
Por Brunela Maria
Fonte: Visor Notícias