Mais de 7,2 mil cães recebem coleiras para proteger contra leishmaniose em Araguaína, TO

Mais de 7,2 mil cães recebem coleiras para proteger contra leishmaniose em Araguaína, TO
Cão recebendo coleira para proteger contra mosquito — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Mais de 7,2 mil cães serão encoleirados em uma ação de combate a leishmaniose visceral em Araguaína, no norte do Tocantins. A ação está sendo realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em 24 bairros da cidade.

VÍDEO: Animais de 24 bairros de Araguaína recebem coleiras que protegem contra o calazar

Durante visita os agentes de endemias fazem a troca das coleiras para os animais que tinham recebido há seis meses e a aplicam em novos animais. A medida evita que o cão seja picado pelo mosquito, palha, que é o vetor responsável por transmitir a doença.

A leishmaniose visceral ou calazar, como é mais conhecida, é uma doença endêmica da região Amazônica que ataca principalmente os cães, mas pode ser transmitida para os humanos. O Tocantins tem um alto índice de infecção por esta zoonose.

“As coleiras são impregnadas com inseticida vem como uma ferramenta nova de controle da leishmaniose visceral nos cães, com a intenção de realmente reduzir essa doença nos animaizinhos”, disse a veterinária do CCZ de Araguaína, Ketren Carvalho Gomes.

O animal infectado apresenta emagrecimento, queda de pelos, crescimento e deformação das unhas. No ano passado, de acordo com o CCZ, Araguaína chegou a 45% de registros positivos entre os animais examinados.

“Nós temos um local específico para acolher e fazer exames nos cães. Primeiramente a gente faz o teste rápido. O proprietário pode trazer seu animal para fazer o exame aqui no CCZ, tudo de graça”, disse a veterinária.

O mosquito que transmite o calazar se reproduz em resto de material orgânico em decomposição. Em 2021, Araguaína registrou 16 casos da doença em humanos e uma pessoa morreu. Este ano são 10 confirmações em pessoas.

O diagnóstico é difícil e a demora no tratamento pode levar a morte. “Não pode deixar fica grave, chegar aos sintomas graves como a disfunção hepática, sangramento, infecção bacteriana associada. Se a gente tratar no início é tranquilo, tem cura. São mais ou menos 20 dias de tratamento internado”, explicou a médica Helena Medrado de Lima.

Fonte: g1

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