Ministério Público pede mais de 50 anos de prisão para veterinária acusada de ‘eutanasiar’ cães saudáveis na Espanha
Os fatos ocorreram entre 2017 e 2019. As investigações do SEPRONA revelaram até 39 supostos crimes de maus-tratos de animais, para os quais o Ministério Público pede 15 meses de prisão e dois anos e meio de inabilitação para a veterinária acusada em cada caso. No total, seriam 50 anos de prisão.
Além disso, ela foi também acusada de um suposto crime de falsificação de documentos, pelo qual o Ministério Público pede quase mais 3 anos de prisão e uma multa de 4.500 euros.
As acusações particulares são realizadas por sete entidades, como a federação de caça Fedexcaza. Os 11 tutores desses cães seriam acusados de crime de indução de maus-tratos a animais, cuja pena é de 15 meses.
O presidente do Colégio de Veterinários de Badajoz, José Marín, disse que eles foram os primeiros a comparecer como acusação particular. “Este grupo não tem nenhuma relação com a atuação dessa profissional que está em liberdade provisória. Este Colégio de Veterinários insiste que sua tarefa fundamental é o bem-estar animal, em qualquer situação, e exige que se faça justiça.”
O julgamento está previsto para ocorrer no final deste ano.
Por Toñi Villalba / Tradução de Alice Wehrle Gomide
Fonte: Info Mascota
Nota do Olhar Animal: A eutanásia é um ato de caráter misericordioso e que deve atender aos interesses de quem o sofre, e não aos interesses de quem o pratica. Só pode ser chamado de “eutanásia” o ato de abreviar a vida de um animal com doença incurável e em estado irreversível de sofrimento. Os órgãos públicos de saúde disseminaram o entendimento errado do termo “eutanásia” a fim de tentar minimizar a IMORALIDADE de suas ações de extermínio. Infelizmente, até mesmo protetores usam erradamente esta terminologia. O que causa estranheza neste caso é que matadores de animais da federação de caça se rebelem contra a veterinária que fez algo que eles próprios fazem corriqueiramente: matar animais.