Morre a elefanta Haisa, que vivia no zoológico de Sorocaba (SP) desde 1995

Morre a elefanta Haisa, que vivia no zoológico de Sorocaba (SP) desde 1995
A elefanta Haisa sofria de artrose. Crédito da foto: Emídio Marques

A elefanta asiática Haisa, que vivia em cativeiro no Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, morreu por volta das 19h desta quarta-feira (18), conforme informou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema).

Um guarda civil municipal, que fazia o patrulhamento no local, estava próximo ao recinto e presenciou o momento em que Haisa morreu.

Ele, imediatamente, acionou a equipe técnica do zoo que, ao chegar, constatou a morte do animal. Todos os funcionários estão em luto, informou a Sema.

De acordo com a Sema, será feita a necropsia e os exames associados para identificar a causa da morte.

Há 25 anos no zoológico

Haisa chegou ao Quinzinho de Barros em 1995, já adulta, vinda de um circo. Estima-se que ela tinha mais de 60 anos, sendo considerado um animal bem idoso e, por isso, recebia uma rotina de cuidados especiais.

Desde o mês de maio deste ano, Haisa vinha apresentando dificuldade locomotora. Após avaliação clínica e exames, foi constatado um quadro de artrose, uma doença degenerativa que não tem cura.

De acordo com a Sema, Haisa vinha sendo medicada com anti-inflamatórios, analgésicos e condroprotetores (complementos que estimulam a nutrição, hidratação e regeneração das cartilagens), e estava apresentando melhora satisfatória.

Todos os demais cuidados em prol da qualidade de vida de Haisa, além do controle da artrose, vinham sendo tomados por toda a equipe do zoológico de Sorocaba.

Ela recebia uma atenção especial dos tratadores que passavam praticamente o dia todo junto aos elefantes, fornecendo uma dieta equilibrada, cuidados médicos veterinários e atividades de enriquecimento ambiental.

Existem apenas três espécies

Conforme Yanna Dias Costa, graduada em Ciências Biológicas e mestre profissional em Conservação da Fauna Silvestre, os elefantes são um grupo de mamíferos da ordem Proboscidea e da família Elephantidae.

Segundo ela, que escreveu um artigo no site Info Escola, os proboscídeos representam uma família gigante de herbívoros que surgiu no período Terciário.

Os primeiros não eram tão grandes e não tinham as mesmas estruturas de tromba e presas.

 Atualmente, existem três espécies vivas de elefantes, duas são de Elefante africano (Loxodonta africana e Loxodonta cyclotis) e uma de Elefante asiático (Elephas maximus).

O elefante asiático, espécie da Haisa, está distribuído, atualmente, em apenas 5% do território original, em fragmentos descontínuos, na Índia e sudeste da Ásia.

Vivem em regiões florestais, pradarias, florestas úmidas, arbustivas, ou seja, em uma variedade de habitats, até 3 mil metros de altitude. (Por Redação com informações da Secretaria do Meio Ambiente e Info Escola)

Fonte: Jornal Cruzeiro


Nota do Olhar Animal: Zoológicos não educam e sim naturalizam a violação de interesses básicos dos animais. Reproduzem os bichos meramente para repor “exemplares” do seu próprio “acervo” ou do “plantel” de outros zoológicos. Alegam atuar para “conservar” animais em extinção, mas além de raramente promoverem a reintrodução, mantêm outros de espécies que não estão sob este risco. No caso dos elefantes, zoológico algum no Brasil têm estrutura para mantê-los. Todos estes animais, sem exceção, são submetidos a um confinamento que mina sua saúde e lhes provoca sofrimento. Saber, por exemplo, que na natureza os elefantes caminham dezenas de quilômetros diariamente já dá uma ideia de como esse confinamento é terrível. Os danos aos animais são inerentes à atividade dos zoológicos. E um dos caminhos é o da transformação dos zoos em centros de triagem de animais silvestres. E o direcionamento dos animais exóticos para santuários ou, quando possível, para seus habitats. No caso dos santuários, o Poder Público pode colaborar fortemente revendo as práticas burocráticas impostas a quem busca ajudar estes animais.

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