Morte de gato na Vila Albertina, em Ribeirão Preto (SP), vira caso de polícia
A morte de um gato na manhã de quarta-feira (29) na rua Rio Purus, na Vila Albertina, na zona Norte de Ribeirão Preto, virou caso de polícia.
A atendente Roseli Olívia Bigineli, 46 anos, deixava todos os dias água e comida para os animais junto à árvore em frente de casa, até que, na manhã de quarta, um gato começou a agonizar após tomar água e morreu.
A suspeita dos vizinhos é que a causa da morte tenha sido envenenamento por chumbinho, já que o gato teve convulsões antes de morrer. Roseli tem três gatos e três cães em casa, mas também faz questão de cuidar dos animais de rua.
A imagem da câmera de uma residência vizinha mostrou que uma senhora de vestido passou pela rua às 8h08 de quarta-feira (29) e abaixou uns segundos próximo à árvore na frente da casa de Roseli, onde os animais se alimentavam.
Com medo de represálias, no entanto, a vizinha não quis divulgar a imagem do suposto envenenamento. “Se a polícia me pedir eu darei a imagem. Não consegui identificar quem é”, afirmou.
Revolta
“Estou indignada, não imaginava que alguém chegaria a esse ponto. Tenho uma cachorrinha e estou com medo. Minha neta de 3 anos às vezes brinca com a água e é perigoso também, pode colocar a mão na boca depois”, afirmou a dona de casa Laura Vieira Marques, 49, vizinha de Roseli.
Outra vizinha, a dona de casa Roseli Spineli, 41, reforça a preocupação. “Tenho três cachorros e um gato. A partir de hoje meus cães não saem mais para a rua, eles saíam para comer mato na vizinhança, mas não estou deixando mais. Minha maior preocupação é com o meu gato, que passa pelo buraco do portão e não dá para prender.”
Registro
A atendente Roseli Bigineli registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil investiga o caso. O artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais prevê que responsáveis por matar animais domésticos estão sujeitos a uma pena de detenção de três meses a um ano e multa.
Chacina de gatos
No último mês de junho, a Polícia Civil arquivou o inquérito policial que investigou a matança de 34 gatos em apenas uma semana no Cemitério da Saudade sem identificar os responsáveis pela brutalidade. Com isso, os autores – que sacrificaram os gatos e chegaram a retirar o coração de algum deles – seguem livres e impunes.
Já a Polícia Civil de Bonfim Paulista ainda investiga a matança de 7 gatos ocorrida em junho também com suspeita de envenenamento na Francisco Conceição Barbosa, no Jardim Elisa, naquele distrito.
Em quase sete meses, nove gatos e dois cachorros já entraram para essa triste estatística, segundo os moradores.
Por Lucas Catanho