MP abre inquérito para investigar abandono de animais em Angatuba, SP
O Ministério Público abriu um inquérito para investigar a atuação da Prefeitura de Angatuba (SP) em relação aos animais abandonados na cidade.
Segundo o promotor Bruno Gondim Rodrigues, há um grande número de cães e gatos soltos nas ruas que estão sem amparo da prefeitura, como o recolhimento, castração e encaminhamento para adoção.
O MP também questiona o motivo do aumento dos animais e pede esclarecimentos sobre a instalação de um Centro de Controle de Zoonoses e Canil Municipal, além da criação de medidas emergenciais, por parte do município, para resolver o problema.
A TV TEM entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve retorno.
Vídeo: Ministério Público abre inquérito para investigar sobre animais abandonados em Angatuba.
Castramóvel sem uso
Em agosto, a TV TEM mostrou sobre o incômodo dos donos de animais de estimação da cidade em relação à falta de uso do castramóvel, que é um consultório que atende moradores que não têm condições financeiras para pagar pelas castrações dos animais de estimação em clínicas particulares.
De acordo com alguns moradores, o castramóvel está parado na Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura desde o início de 2019.
“As pessoas deixam de castrar os animais porque é caro, aí vai aumentando o número de animais soltos na cidade”, afirmou Dirce Nunes, que é dona de casa e voluntária da causa animal em Angatuba.
A Prefeitura de Angatuba estima que o município tenha aproximadamente dois mil cães e gatos de rua, incluindo os que têm donos mas vivem nas ruas.
O serviço de castração gratuita controlaria a reprodução dos animais, mas a burocracia para equipar o trailer entregue à cidade pelo Governo Federal se estende desde janeiro, de acordo com a secretária de Saúde Elia Mariano.
“O trailer chegou aqui limpo, somente com a estrutura. A contrapartida do município seria equipá-lo com insumos para cirurgias, recursos humanos e instalação do trailer. Está tudo em ordem e tudo o que foi comprado foi aberto licitação. Quem trabalha com serviço licitatório sabe que o tramite é prolongado”, explicou.
“Provavelmente na primeira quinzena de setembro serão feitos os cadastros e depois o agendamento com veterinário responsável.”
De acordo com a prefeitura de Angatuba, vão poder se cadastrar para fazer a castração dos animais pessoas consideradas de baixa renda e que façam parte do cadastro único para programas sociais, famílias que recebam até três salários mínimos e cuidadores de animais de vias e praças públicas com cadastro na prefeitura.
Porém, a data para o começo do cadastro ainda não foi divulgada pela prefeitura.
Fonte: G1