MP investiga fuga de chimpanzé que mobilizou 40 pessoas em zoológico de Sorocaba, SP

MP investiga fuga de chimpanzé que mobilizou 40 pessoas em zoológico de Sorocaba, SP
Chimpanzé escapou de recinto e mobilizou equipes no zoológico de Sorocaba. — Foto: Fábio Rogério/Cruzeiro do Sul

O Ministério Público abriu uma investigação sobre a fuga da chimpanzé recém-chegada ao zoológico de Sorocaba (SP). Na quinta-feira (12), o animal mobilizou cerca de 40 pessoas após escapar do recinto.

Ainda de acordo com o MP, serão apuradas as circunstâncias que causaram a evasão do animal e o procedimento de contenção.

Segundo a prefeitura, o animal não chegou a sair do zoológico e foi capturado pela equipe de veterinários. A primata tem 15 anos, se chama Kelly e chegou à cidade em 6 de novembro. Ela vivia no Beto Carrero World, em Santa Catarina.

Ainda de acordo com o Executivo, Kelly vai ficar no zoológico temporariamente para fazer companhia a um chimpanzé macho que chegou no domingo (8) vindo do zoológico do Rio. Os dois vão permanecer na cidade até o fim das reformas dos parques de origem.

Kelly estava em um recinto com outro chimpanzé quando escapou na hora em que o tratador foi entregar a alimentação. Ela andou pelo espaço e subiu em uma árvore.

Vídeo: Chimpanzé escapa de recinto e mobiliza equipes em zoológico de Sorocaba.

Operação de captura
 
Durante o resgate, foi feito isolamento do parque, com interrupção da entrada de visitantes. Duas horas depois, Kelly acabou entrando no recinto vizinho, onde ficam os babuínos. Eles foram isolados e a chimpanzé ficou ali acompanhada por veterinários.

Segundo a prefeitura, houve a tentativa de uma contenção química com aplicação de dardo, mas o tranquilizante não foi injetado por completo. Nenhum animal e nem funcionário do zoológico ficou ferido.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que vai investigar quais falhas podem ter ocorrido no momento do tratamento dos chimpanzés. O promotor de Justiça do Meio Ambiente Jorge Alberto de Oliveira Marum afirmou que também vai apurar o caso. 

O recinto
 
Segundo um laudo de 28 de julho do recinto onde estava Kelly, que anteriormente era do macaco Black – transferido para um santuário -, o local pode abrigar mais de um animal e possui arbustos, cupinzeiro artificial, rede com mangueira de bombeiro, substrato em grama e terra.

Contudo, o recinto, segundo o laudo, seria vulnerável ao barulho produzido por visitantes, mas teria a área de refúgio em caso de assédio do público. O registra cita que a limpeza era feita com água e sabão, varrição e rastelagem na área externa.

A distância do visitante para a área de recinto é de cerca de 8,5 metros, 7 metros do centro do recinto e 11 metros da rede.

Por Carlos Henrique Dias

Fonte: G1

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