MP investiga fuga de chimpanzé que mobilizou 40 pessoas em zoológico de Sorocaba, SP

O Ministério Público abriu uma investigação sobre a fuga da chimpanzé recém-chegada ao zoológico de Sorocaba (SP). Na quinta-feira (12), o animal mobilizou cerca de 40 pessoas após escapar do recinto.
Ainda de acordo com o MP, serão apuradas as circunstâncias que causaram a evasão do animal e o procedimento de contenção.
Segundo a prefeitura, o animal não chegou a sair do zoológico e foi capturado pela equipe de veterinários. A primata tem 15 anos, se chama Kelly e chegou à cidade em 6 de novembro. Ela vivia no Beto Carrero World, em Santa Catarina.
Ainda de acordo com o Executivo, Kelly vai ficar no zoológico temporariamente para fazer companhia a um chimpanzé macho que chegou no domingo (8) vindo do zoológico do Rio. Os dois vão permanecer na cidade até o fim das reformas dos parques de origem.
Kelly estava em um recinto com outro chimpanzé quando escapou na hora em que o tratador foi entregar a alimentação. Ela andou pelo espaço e subiu em uma árvore.
Vídeo: Chimpanzé escapa de recinto e mobiliza equipes em zoológico de Sorocaba.
Operação de captura
Durante o resgate, foi feito isolamento do parque, com interrupção da entrada de visitantes. Duas horas depois, Kelly acabou entrando no recinto vizinho, onde ficam os babuínos. Eles foram isolados e a chimpanzé ficou ali acompanhada por veterinários.
Segundo a prefeitura, houve a tentativa de uma contenção química com aplicação de dardo, mas o tranquilizante não foi injetado por completo. Nenhum animal e nem funcionário do zoológico ficou ferido.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que vai investigar quais falhas podem ter ocorrido no momento do tratamento dos chimpanzés. O promotor de Justiça do Meio Ambiente Jorge Alberto de Oliveira Marum afirmou que também vai apurar o caso.
O recinto
Segundo um laudo de 28 de julho do recinto onde estava Kelly, que anteriormente era do macaco Black – transferido para um santuário -, o local pode abrigar mais de um animal e possui arbustos, cupinzeiro artificial, rede com mangueira de bombeiro, substrato em grama e terra.
Contudo, o recinto, segundo o laudo, seria vulnerável ao barulho produzido por visitantes, mas teria a área de refúgio em caso de assédio do público. O registra cita que a limpeza era feita com água e sabão, varrição e rastelagem na área externa.
A distância do visitante para a área de recinto é de cerca de 8,5 metros, 7 metros do centro do recinto e 11 metros da rede.
Por Carlos Henrique Dias
Fonte: G1