MS: Estrada do 21 nem foi inaugurada e já tem animais mortos por atropelamento

MS: Estrada do 21 nem foi inaugurada e já tem animais mortos por atropelamento
Raríssimo gato mourisco não resistiu aos ferimentos após ter sido atropelado na nova Estrada do 21 (Foto: Unidos Serra da Bodoquena)

Faltando 15 km para concluir, a “Estrada do 21”, que irá encurtar a distância de Campo Grande a Bonito, pela MS-345, nem terminou e já está acumulando atropelamentos da fauna. Neste domingo (12), um raríssimo gato mourisco foi encontrado morto na rodovia que nem foi inaugurada. A imagem foi feita por grupo de ciclistas que treinava na via.

O novo trecho que sai do “Posto 21” em Anastácio e segue até a capital do ecoturismo será o primeiro projeto com a implantação da metodologia do programa “Estrada Viva”.

Na teoria, esta deverá ser a rodovia mais segura para os animais silvestres, já que será a única feita com previsão de passagens de fauna. Mas na prática, o que se tem registrado são sucessivos atropelamentos.

Neste sábado (11), um tatupeba foi vítima da velocidade dos que estão usando os trechos já pavimentados. A previsão era que a obra fosse inaugurada ainda neste segundo semestre.

Vítima da velocidade de motoristas e sem passagem adequada, tatupeba foi mais uma perda para a biodiversidade brasileira (Foto: Unidos Serra da Bodoquena)
Vítima da velocidade de motoristas e sem passagem adequada, tatupeba foi mais uma perda para a biodiversidade brasileira (Foto: Unidos Serra da Bodoquena)

A reportagem tentou contato com a assessoria da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística) para ter uma posição sobre o excesso de velocidade dos usuários da rodovia não inaugurada. Mas por conta de ser um fim de semana, não houve um retorno até o momento. O espaço segue aberto.

Estrada Viva – O Estrada Viva monitora 19 trechos de 16 rodovias de Mato Grosso do Sul, a maioria delas em municípios da Serra da Bodoquena. Entre elas, a MS-382, que liga Bonito a Guia Lopes, e a MS-345, que integra Bonito a Anastácio. Confira o ‘atropelômetro’ clicando aqui.

Através do programa, técnicos monitoram os trechos com maior incidência de atropelamento de animais e propõem medidas para redução das colisões, como a instalação de placas lúdicas, passagens inferiores/superiores de fauna, cercamento e redutores de velocidade.

Por Gabriela Couto

Fonte: Campo Grande News

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