‘Muita gente deixou de comer carne por causa deste filme’. Joaquin Phoenix está à frente dele

Um documentário a preto e branco sobre a vida de Gunda, uma porquinha de uma quinta norueguesa, e das suas crias: é este o novo projeto de Joaquin Phoenix, disponível na Netflix a partir da próxima sexta-feira, 18 de dezembro
O filme tem realização do cineasta russo Victor Kossakovsky, que entrou em contacto com Joaquin Phoenix depois de membros da sua equipa lhe perguntaram se tinha sido ele a escrever o discurso do ator nos Óscares; quando recebeu o prémio de Melhor Ator, Joaquin Phoenix não se esqueceu de destacar a causa da defesa dos animais.
Impressionado com o trabalho de Victor Kossakovsky, que elogiou por ser capaz de mostrar os animais “como eles são”, Joaquin Phoenix aceitou de imediato o convite para fazer parte deste projeto, do qual foi produtor executivo.
“Gunda”, documentário que o New York Times descreve como sendo “de uma beleza sublime e profundamente comovente”, não tem narração, diálogo ou sequer música.
“Se eu pusesse música, todo o planeta iria chorar”, justifica Victor Kossakovsky. “Disse logo que não queria voz off, mensagens ou qualquer tipo de pressão. Vejam só e decidam por vocês”, disse à agência France Press o realizador que já era vegetariano e durante as filmagens do documentário se tornou vegano.
Ainda que o destino das crias de Gunda tenha sido o expectável no contexto da criação de animais, Gunda acabou por ser poupada.
“Como se tornou famosa, [não foi abatida]. Como tanta gente deixou de comer carne por causa do filme, o dono da quinta decidiu deixá-la viver até ao fim dos seus dias”, revelou Victor Kossakovsky, que espera que o mediatismo de Joaquin Phoenix ajude a despertar a curiosidade dos espectadores para este filme.
Fonte: Blitz / mantida a grafia lusitana original