Muito a protestar: planos da capital espanhola para grande abate de periquitos

Muito a protestar: planos da capital espanhola para grande abate de periquitos

Madrid começou a planejar um abate de quase toda a população da cidade de milhares de caturritas ou periquitos-monges, espécies invasoras que o conselho da cidade disse que são um incômodo para os vizinhos humanos e uma ameaça à saúde pública.

Mais do que 11.000 pássaros, ou cerca de 90% da população total de pássaros da capital serão abatidos no programa, disseram autoridades do governo local no último dia 13.

O abate, criticado por diversos grupos de direitos dos animais, está marcado para começar em outubro e seguir por 23 meses. Isso terá como objetivo trazer o número de pássaros para dentro do controle, destruir os ninhos, remover os ovos e capturar tanto filhotes quanto adultos com o uso de redes e gaiolas.

“A eutanásia ética de animais será conduzida com métodos que não violam as normas de bem-estar animal”, disse o departamento de desenvolvimento de Madri.

O número de periquitos cresceu em um terço nos últimos três anos, e eles construíram 4.400 ninhos ao longo da cidade em 2019, de acordo com o conselho, que é governado por uma aliança conservadora de extrema direita desde junho.

Os pássaros constroem ninhos grandes e pesados, que correm o risco de cair das árvores e ocasionalmente derrubam galhos com eles, de acordo com documentos oficiais.

Associações de proteção à vida selvagem disputam o impacto negativo dos pássaros na fauna e flora local e questiona as técnicas de captura e o extermínio pelo conselho. Eles têm denunciado qualquer uso potencial uso de gás como cruel.

O Partido Espanhol Anticrueldade Animal PACMA é uma das diversas organizações de direitos dos animais que denunciam a mudança, anunciada pela primeira fez em outubro. Uma petição apoiada pelo PACMA que exige que o processo seja interrompido recebeu 32.000 assinaturas até o momento.

O governo local alocou apenas 3 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões) para a operação.

Tradução de Fátima C G Maciel 

Fonte: New York Times 

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