Mulher é presa após deixar cachorro sem remédios e com fraturas expostas, em Florianópolis, SC
Uma mulher, de 47 anos, foi presa em flagrante nesta quarta-feira (15) pelo crime de maus-tratos qualificado contra um cachorro no bairro Vargem Grande, Florianópolis. A tutora não cuidou das feridas do animal e o deixou com lesões expostas, de acordo com a Polícia Civil.
De acordo com a delegada Mardjoli Valcareggi, titular da DPA (Divisão de Proteção Animal), o cachorro ficou nesta condição há cerca de dez dias. “A tutora do animal tinha recebido atendimento veterinário gratuito e recebeu os medicamentos para tratar as feridas do animal”, ressalta.
No entanto o cachorro ficou sem atendimento, preso pela corrente em um matagal, com lesões expostas em grave estado e coberto de parasitas, segundo a Polícia Civil.
O cão foi resgatado com o apoio da Dibea (Diretoria de Bem-Estar Animal de Florianópolis) de Florianópolis, ainda em vida. Segundo o órgão, ele recebe tratamento veterinário.
A mulher foi conduzida pelos policiais civis à CPP (Central de Plantão Policial da Capital). Ela passou uma noite presa e permanecerá à disposição do Poder Judiciário, segundo a delegada.
A prática de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação dos bichos de estimação é passível de prisão pelo período de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda, de acordo com lei sancionada em 2020.
Nova divisão
A prisão da autora do crime por por maus-tratos foi a ação inaugural da recém-criada DPA (Divisão de Proteção Animal), da Polícia Civil. Os trabalhos da delegacia começaram no dia 14.
A DPA tem sede na Rua Felipe Schmidt, nº 755, no Centro de Florianópolis. A unidade atuará no atendimento de delitos de maus-tratos contra animais domésticos nos 13 municípios da região, incluindo a Capital, detalha o governo de Santa Catarina.
Vinculada à Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis, a unidade também servirá como projeto-piloto para toda a Polícia Civil de Santa Catarina. “A ideia é estender para todo o estado”, de acordo com o Executivo.
Por Felipe Bottamedi
Fonte: ND+