Mulher enfrenta dificuldades financeiras por cuidar de cães e gatos abandonados em Cocal, no Piauí: ‘vivo por eles’
A vontade de ajudar que move os protetores de animais muitas vezes os faz ir até as últimas consequências para resgatar os bichinhos em situação de rua. É o caso de Rita Fontenele, de 44 anos, que cuida de cachorros e gatos há 10 anos no município de Cocal, a 267 km de Teresina. A mulher contou que está passando dificuldades financeiras para manter os animais.
VÍDEO: Mulher passa necessidades para custear despesas de animais domésticos em Cocal
Ao g1, Rita disse sempre gostou de gatos, e por isso costumava alimentar os que se encontravam em situação de abandono. Com o tempo, resolveu adotar os felinos, e hoje abriga mais de 30 gatos e três cachorros.
“Cuido dos gatinhos desde 2013. Antes, alimentava eles na rua, pois morava em uma kitnet. Mas com o tempo, adotei uma. Continuei alimentando e dando lar temporário para os que conseguia castrar, mas quando notei, já estava com 30 gatos em casa”, iniciou a mulher.
Ainda segundo a cuidadora, as dificuldades aumentaram em 2017, quando perdeu o emprego que tinha em Teresina. Sem dinheiro para manter os animais, Rita resolveu criar uma conta no Instagram para pedir doações, a @gatinhos_especiais.
“Quando fiz o Instagram, tinha 15 gatos, hoje tenho mais de 30. Dois desses animais são paraplégicos e dois deficientes visuais. Sustento eles com doações, pois preciso comprar ração, fraldas descartáveis para os que precisam e medicações. Como são muitos, e as pessoas que doam são sempre as mesmas, acabo passando muita necessidade. Não sei se terei como pagar a ração nos próximos dias”, relatou.
Rita Fontenele morava em Teresina, mas como não conseguia manter o aluguel, se mudou para Cocal, onde tem uma casa. Como o local não tem veterinários e clínicas, o custo com passagens para a capital e internações dificultou ainda mais a situação da mulher, que agora está lutando contra o tempo para pagar o valor da internação de um gato.
Mesmo enfrentando todas as dificuldades, Rita afirma que vai continuar fazendo o que puder para cuidar dos animais, pelo amor que sente pelos bichinhos.
“Vivo para eles. É um amor que nunca senti nessa vida”, disse a mulher.
Por Sthefany Prado, sob a supervisão de Andrê Nascimento
Fonte: G1