Naturatins realiza capacitação sobre caso de predação de onça-pintada em vilarejo rural do Tocantins

Um estudo de caso, envolvendo uma onça pintada e um vilarejo, marcou o encerramento da capacitação de monitoramento da biodiversidade e resolução de conflitos com a fauna silvestre, realizado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
No encerramento do curso, os participantes foram para campo, em uma propriedade rural que fica no entorno do Parque Estadual do Lajeado, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Lajeado. O local escolhido para o estudo de caso é um vilarejo rural, onde estavam ocorrendo predações de animais domésticos por parte de uma onça-pintada.
O fato teve início em maio deste ano e o Naturatins foi acionado para resolver o conflito envolvendo o animal silvestre e, desde então, passou a monitorar a situação. De acordo com a bióloga do Naturatins, Angélica BeatrizCorrêa Gonçalves,coordenadorado Centro de Interpretação Ambiental (Ciamb), do Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), a primeira ação foi orientar os moradores do local quanto às medidas preventivas para evitar novos casos de predação e garantir a segurança dos moradores e de seus animais.
“Por meio de câmeras instaladas na área, monitoramos a onça e, graças a uma parceria com a Energisa [concessionária de energia elétrica do Tocantins], conseguimos instalar cercas elétricas nas propriedades, mantendo o animal silvestre afastado, sem lhe causar danos”, resumiu Beatriz.
Esse caso de sucesso de resolução de conflito foi apresentado aos participantes da capacitação no local, na última quinta-feira, 27. O curso teve como objetivo aprimorar as técnicas de monitoramento, evitando gastos e promovendo a troca de conhecimento e experiências entre os órgãos ambientais. “Essa capacitação com o ICMBio, que já tem longa experiência, soma-se aos esforços que nós já fazemos aqui no Estado”, encerrou.
Fonte: DM Anápolis
Nota do Olhar Animal: Nenhum animal quer ser predado. As pessoas comumente se importam com aqueles que são vítimas da predação apenas por razões econômicas, se forem animais “de produção” como bois, porcos etc., ou com animais de estimação, como cães e gatos, com os quais mantém laços afetivos. Mas não veem problema na predação que ocorre entre outros animais, como os silvestres, sob o argumento de que “é natural”. Mas para as vítimas sempre é uma experiência terrível, muitas vezes danosa até mesmo para o predador. Mas é possível fazer algo a respeito? A ONG Ética Animal trata sobre este e outros assuntos em seu site. Conheça!