No México, ativistas protestam contra projeto de lei que trará novamente animais aos circos
Ativistas dos direitos dos animais afirmam que o novo projeto de lei federal de Bem Estar-Animal abre novamente as portas aos circos com animais e a realização de atividades com tortura animal, como as corridas de touros, rinhas de galos e cães.
Ativistas de vários grupos de proteção animal se manifestaram aos pés do monumento “Anjo da Independência” contra a chamada “Projeto Federal da Lei de Bem-Estar Animal” por considerá-la “um equívoco”.
Ao terminar o fechamento das ruas em torno do monumento, por ocasião da 37º Maratona da Cidade do México, os ativistas se reuniram debaixo de sol e deram início à coleta de assinaturas contra esse projeto de lei.
Em uma entrevista à agência de notícias Notimex, a ativista Ximena López explicou que é uma lei que contraria os interesses dos “seres não humanos”, pois os animais não contam com uma legislação que normatize e defenda seus direitos.
Ela afirmou também que esta normativa vai contra os interesses dos animais, que são viver, não sofrer, contar com um mínimo de bem-estar e que não se cometam crueldades contra eles.
Segundo a ativista, nós que já temos consciência de que os animais são seres sencientes e que seu interesse primário e básico é a própria vida, estamos trabalhando em diferentes grupos para que um dia possamos outorgar-lhes direitos jurídicos.
Por sua vez, o ativista “Álvaro” criticou a normativa, que segundo ele busca apenas o benefício de alguns indivíduos e não da sociedade, por isso disse que se está trabalhando para que se consiga uma lei civil e penal que sancione os maus-tratos aos animais.
Lembrou que, no estado de Veracruz, já se conseguiu o primeiro processo nacional, com uma pena de seis meses de prisão a um indivíduo que enforcou seu cão.
Ele explicou que existem mais de 150 associações em Puebla e 300 no México, e mil associações entre fundações e protetores de animais em toda a república que participam desse movimento para conseguir uma verdadeira defesa dos direitos dos animais.
Tradução de Flavia Luchetti
Fonte: Aristegui