Noventa e dois pinguins cobertos de óleo ganham banho especial que salva as suas vidas

Por Sarah V Schweig / Tradução de Carla Lorenzatti Venturini
No final de agosto, o último dos noventa e dois pinguins que haviam estado cobertos de óleo ficaram finalmente limpos graças às pessoas que trabalharam dia e noite para lhes dar banho.
Mas eles ainda tem um longo caminho pela frente antes da recuperação.
“Infelizmente, a jornada não chegou ao fim para essas aves marinhas,” a Southern African Foundation for the Conservation of Coastal Birds – SANCCOOB (Fundação Sul Africana de Conservação de Aves Costeiras), um centro de resgate de aves marinhas em Cabo St. Francis, África do Sul, escreveu. “Muitos deles ainda estão sofrendo os efeitos da desidratação e da desnutrição e suas penas precisam recuperar a impermeabilidade natural antes que possam ser devolvidos à natureza. Nosso time começará agora o próximo estágio de gerenciamento da resposta ao vazamento de óleo – reabilitando as aves marinhas que estão limpas.”
Os noventa e dois pinguins atingidos começaram a chegar em 16 de agosto, após um vazamento de óleo na costa da África do Sul. As autoridades ainda estão investigando a fonte do vazamento.
“A maioria dos pinguins tinha muito óleo, com alguns tendo até 90% de seus corpos cobertos pela substância,” escreveu a SANCCOB em um comunicado de imprensa sobre seus novos pacientes.
O óleo destrói a impermeabilidade natural das penas dos pinguins, disse a organização de resgate, e torna impossível para o animal regular a sua temperatura corporal, o que pode levar à hipotermia.
“O óleo também causa irritação na pele e nos olhos,” escreveu a SANCCOB. “Uma reação natural do animal é limpar-se com o bico para remover o óleo, o que pode resultar na ingestão deste, por fim levando a úlceras, redução do sistema imunológico e falência dos órgãos.”
Apesar dos animais admitidos no centro estarem desidratados, estressados e fracos, após o banho eles já parecem bem melhores – o que pode levar até duas horas para cada animal.
“Nós somos gratos por todo o apoio dos nossos parceiros e da comunidade local,” disse Juanita Raath, coordenadora de reabilitação da SANCCOB, no comunicado. “A equipe e os voluntários estão trabalhando contra o tempo para garantir que as aves tenham o melhor cuidado possível.”
Você pode “adotar” um pinguim selvagem que está em recuperação na SANCCOB aqui.