Número de gatos abandonados nas ruas de Uberaba (MG) gera preocupação

O número de gatos abandonados nas ruas de Uberaba impressiona. O trabalho de protetores independentes ajuda a amenizar um pouco a situação, mas não é suficiente. Além disso, há a preocupação com o risco de problema de saúde pública, devido à falta de controle da natalidade destes animais. Em nota, Prefeitura comentou sobre o assunto.
Dezoito gatos vivem na casa da Marisa Agreli: nove são dela e o restante aguarda por adoção. Apaixonada pelos bichanos, a protetora independente não consegue fechar os olhos para o abandono.
“Quando vimos filhotes passando fome, doentes a gente se vê na obrigação de fazer algo para ajudá-los. Infelizmente não podemos ajudar todos. Precisávamos de uma ajuda maior para conseguirmos tirar estes animais desta situação”, disse a protetora independente.
Em Uberaba, a estimativa é que existam cerca de 12 mil animais abandonados, segundo a Sociedade Uberabense de Proteção Animal (Supra). No caso dos cães, existe uma ONG e casas de apoio que atuam no resgate e atendimento, entretanto, para os gatos ainda não tem nenhum suporte na cidade, contam apenas com a boa vontade de voluntárias individuais.
Nádia de Souza Mazeto também é protetora individual e faz parte de um grupo de aproximadamente 20 pessoas que tem lutado pelos gatos. Além do resgate e adoção, um dos focos da ONG é a castração. Em um ano e meio, já conseguiram operar cerca de 120 animais. “A gente comprou uma gatoeira, por meio de eventos que fizemos. Montamos a armadilha para pegar os gatos um pouco mais ariscos e levamos para castrar”, contou.
Simone Rossetto também é protetora individual há 16 anos. Ela cria cinco gatos, além de dois que moram na casa dela temporariamente até conseguirem um lar definitivo. “Meus gatos são uma paixão. A presença deles se tornou uma necessidade; são como filhos”, comentou.

animais
Preocupação
Para Simone e para todas as protetoras que se dedicam a cuidar dos gatos, o envolvimento do poder público nesse trabalho é fundamental. “Precisamos da atenção do poder público para esta situação. Os animais se reproduzem muito rápido e existem a possiblidade de desenvolverem doenças, que podem ser transmitidas ao ser humano”, observou.
“Tem que ter mais ações. Enquanto não houve uma ação em massa de castração, acho que a tendência é piorar e acabarmos tendo um problema de saúde pública por causa disso”, ressaltou Nádia.
Trabalho
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou que o Departamento de Endemias vem trabalhando no controle da superpopulação de animais e que já tem um projeto para obra de adequação do centro cirúrgico do canil do Centro de Controle de Zoonoses para realização das castrações e está viabilizando recursos para essa finalidade.
Fonte: G1 (com informações do MGTV)