O site só publica notícias ruins?

O site só publica notícias ruins?

O site da ONG Olhar Animal é dedicado ao ativismo em defesa dos interesses dos animais e, portanto, é natural que boa parte das notícias publicadas seja sobre os abusos e maus-tratos cometidos contra eles, diferente do que ocorreria em um site voltado ao noticiário geral ou ao entretenimento. Afinal, o silêncio é tudo que os exploradores de animais e os criminosos precisam para continuar cometendo violências contra os bichos. A ocorrência de fatos que atentam contra os animais é a razão de existir da ONG que, para enfrentá-los, promove várias ações além da importante publicação de notícias, como pode ser visto na página ‘Nossa atuação‘.

Porém, no site são publicadas MUITAS BOAS NOTÍCIAS, que estranhamente passam despercebidas por parte dos leitores, um fenômeno recorrente. E, por conta desta estranha invisibilidade, há tempos criamos em nossa home page um box que destaca as notícias que reunimos na seção ‘Boa notícia‘. Afinal, é importante, sim, mostrar que há avanços na conscientização e na sensibilização para a questão animal e evidenciar os bons exemplos, para que sejam seguidos e sirvam de paradigma.

No mais, há outro aspecto sobre a classificação das notícias como sendo boas ou não. Por exemplo, como classificar a notícia intitulada “Cães experimentam carinho e amor pela 1ª vez após serem salvos de fazenda de carne na Coreia do Sul”? É uma notícia “boa”, pelo salvamento dos cães, ou é uma notícia “ruim” por conta da existência do abate de cães para consumo? Ou então, como categorizar esta outra: “Pesquisadores de MS criam método mais eficaz para detectar leishmaniose em cães”? Parece ser uma boa notícia, não? De fato seria, se o diagnóstico positivo não resultasse no abate do animal, prática anacrônica que ainda é comum no Brasil. 

De qualquer forma, independentemente da perspectiva pela qual se olhe para os fatos, há notícias positivas, sim. O resultado esperado para o trabalho de defesa dos animais, com o qual buscamos contribuir, é que as boas notícias sejam cada vez mais numerosas, quiçá passando a ser a maioria entre elas.