OAB pede a vistoria e a interdição imediata do Parque Zoobotânico de Teresina, PI
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, pediu nesta terça-feira (26) a execução de uma vistoria e a interdição imediata do Parque Zoobotânico de Teresina. O pedido foi feito logo após membros da entidade visitarem o local e constatarem a precariedade da estrutura tanto para os animais quanto para a população.
O presidente da Comissão do Código de Defesa do Consumidor, José Augusto Mendes, informou que é cobrada uma taxa para o visitante e, por isso, é necessário que o poder público ofereça segurança e uma estrutura de qualidade.
“Fomos in loco observar a deterioração do parque, se está sendo garantido que o consumidor possa ter um lazer com segurança. O Código de Defesa do Consumidor relata que qualquer serviço prestado, ao ser pago uma taxa, o poder público tem que nos dar uma segurança. Como é que eu possa estar com meu filho dentro do parque e ser surpreendido por um animal? Então é preciso que alguém tome providência. Estamos pedindo uma vistoria e a interdição do parque. Teresina já possui poucos ambientes de lazer e aquele ambiente que é primoroso, de décadas, está entregue a população dessa forma. Então se paga uma taxa, queremos um lazer de qualidade”, denunciou o membro da OAB.
Recentemente, cinco macacos fugiram do Parque Zoobotânico após a bomba de água apresentar problemas e a lagoa dos primatas secar. Um dos animais chegou a ser encontrado em uma das residências da região. Os macacos empreenderam fuga no dia 18 de novembro e forma resgatados no dia 20.
Em entrevista ao G1, a presidente da comissão alegou que o local onde os macacos ficam não apresentam uma estrutura adequada. “O macaco é muito ativo. Eu não vi nada que eles pudessem fazer para que os animais pudessem se entreter. O único mecanismo era a água que impedia o acesso deles saírem. Por isso, quando secou, eles fugiram. As árvores também não fazem sombras e por isso achei inadequado”, denunciou Juliana Paz.
Posicionamento da Semar
Vídeo: Semar promete revitalização do Parque Zoobotânico após pedido de interdição.
A secretária de Meio Ambiente e Recurso Hídricos, Sádia Castro, informou que não tomou conhecimento do pedido da OAB, apenas de um ofício emitido pelo Ministério Público do Piauí. O órgão determinou o prazo para que o processo de revitalização do local inicie. “Recebemos um ofício do Ministério Público Estadual, estivemos lá, conversamos e apresentamos o projeto de execução do projeto de revitalização e ganhamos o prazo”, explicou.
A secretária frisou ainda que os profissionais responsáveis pela revitalização já realizaram o levantamento e o projeto. A partir de agora, Sádia Castro informou que o processo de licitação para a contratação de uma empresa.
“Então, nós já fizemos um levantamento do que precisa ser feito. Nós iremos reestruturar os recintos dos animais, sinalizar as trilhas, melhorar as vias de acessos, cuidar da limpeza e da segurança. Os técnicos e engenheiros da Semar já realizaram o projeto e nós estamos no processo de licitação para a contratação de uma empresa. Mas, por enquanto, está sendo feita a limpeza, a coleta de lixo regularmente, melhoramos o fornecimento de energia, de água, de internet, de segurança”, acrescentou.
Fonte: G1
Nota do Olhar Animal: Lamentável que este zoológico não seja definitivamente fechado. Zoológicos não só submetem os animais a uma pena perpétua de confinamento como representam outros tipos de maus-tratos. Ensinam apenas sobre a violação dos interesses mais básicos dos animais, um profundo desrespeito para com eles. Já outros questionáveis argumentos dos defensores destas instituições medievais também são MENTIROSOS. A maior parte dos animais nos zoos não estão em extinção. E os animais nascidos em cativeiro não são reintroduzidos na natureza, sendo usados para o entretenimento de humanos no próprio zoo ou outros locais de confinamento.