ONGs que cuidam de animais abandonados pedem ajuda em Itapetininga, SP

ONGs que cuidam de animais abandonados pedem ajuda em Itapetininga, SP
Aproximadamente 300 animais da ONG União Internacional de Proteção Animal, de Itapetininga (SP), esperam por adoção — Foto: Reprodução/TV TEM

ONGs que cuidam de animais abandonados em Itapetininga (SP) estão precisando de ajuda. Com o agravamento da pandemia, que também afeta a economia, as doações diminuíram e despencou o interesse das pessoas em adotar um animal.

A ONG Mia Dotty Proteção Animal cuida de aproximadamente 100 cães e gatos resgatados das ruas. A meta de encontrar um lar para eles está cada vez mais difícil.

“Por conta da pandemia, medidas de segurança, de saúde, acabaram cessando as feirinhas de adoção, o que ajudava em 80% nas adoções do abrigo”, explica Mauro Plens, que é técnico agrícola e cuidador de animais.

Para tentar amenizar o problema e conseguir recursos, os voluntários deram início a várias iniciativas, como a venda de pizzas, cuscuz e até de camisetas com estampas dos cães.

“O animal não quer morar em uma mansão. Ele quer um lugar que pode ser simples, que ele tenha alimentação, abrigo e, acima de tudo, atenção e amor”, completa Mauro.

Vídeo: ONGs de animais abandonados pedem ajuda Itapetininga (SP) 

Já a União Internacional de Proteção Animal (UIPA) tem mais de 300 animais que também estavam nas ruas. Muitos sofreram maus-tratos e alguns já até viraram mascotes.

Menina anda só com as patas da frente e Foquinha recebeu recomendação de eutanásia, mas foi salva pelos veterinários do abrigo. Além delas, muitos outros cães e gatos consomem por mês uma tonelada e meia de ração. Isso sem contar os medicamentos e outros custos.

Além de 16 voluntários, a ONG ainda tem seis funcionários, que recebem salário para fazer os serviços necessários de manutenção e cuidado. Durante a pandemia, o objetivo dos protetores é lembrar a população que os animais ainda precisam de um lar.

Segundo Fernanda Nanini, empresária e voluntária, os animais que mais necessitam estão nas ruas e, por causa da pandemia, se tornaram invisíveis.

“Fica mais difícil para a pessoa contribuir, sendo que o país está em crise. Não só a ONG UIPA, mas a SOS Animais e cuidadores independentes, todos estamos sempre precisando de ajuda”, reforça.

União por Arnaldo
 
Arnaldo Silva de Araújo, que foi vítima da Covid-19 aos 77 anos, cuidava de cães abandonados havia mais de 20 anos. Ele morreu no último sábado (3) e era conhecido na cidade de Itapetininga.

Enquanto o cuidador estava internado, diferentes ONGs se uniram para que os animais dele não voltassem para as ruas.

“Ele começou cuidando de poucos animais que ele encontrava no trajeto para a casa dele, e isso foi crescendo. Com esse trabalho, o amor dele pelos animais foi aumentando, assim como o dos animais por ele. Nós vamos continuar o trabalho dele e precisamos da ajuda das pessoas”, conta Márcia Camargo, diretora da SOS Animais.

Antônio era conhecido em Itapetininga (SP) por acolher animais de rua havia mais de 20 anos — Foto: Reprodução/TV TEM

Fonte: G1

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