“Os macacos são tão vítimas da febre amarela quanto nós”, diz guarda ambiental afetado pela doença
“Não se mata nenhum animal silvestre porque é um crime ambiental. Os macacos são tão vítimas da febre amarela quanto nós”. É com esta explicação que o comandante da Guarda Ambiental de Campos (RJ), Sávio Tatagiba, procura conscientizar a população a não matar os animais por receio da transmissão da febre amarela.
— Os macacos servem até como sentinela, porque se aparecerem mortos, e se a causa for realmente febre amarela, representa um sinal de que a população precisa ser vacinada. Ninguém precisa ficar em pânico — conta Sávio Tatagiba.
O comandante ressalta que caçar, perseguir, matar e vender qualquer animal silvestre é crime e pode acarretar em prisão de seis meses a um ano, além de multa no valor entre R$500 e R$5 mil. Na região de mata os macacos mais encontrados são os das espécies sagui, bugio e prego.
A preocupação da população quanto a febre amarela aumentou depois que alguns macacos foram encontrados mortos na região rural. As causas da morte estão sendo examinadas. Como forma de prevenção à doença, a Vigilância em Saúde vem realizando a vacinação dos moradores desses locais.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, drª Andréya Moreira, não há motivo para pânico, pois não há nenhuma confirmação se o animal encontrado morreu por febre amarela. “O macaco foi levado para o CCZ de Campos e foi encaminhado para o Rio de Janeiro, onde passará por análise para saber qual foi a real causa da morte. Não há motivo para pânico. A vacinação na região do Imbé já estava prevista conforme determinação do Estado. Apenas houve uma troca de data para o início do novo bloqueio, que estava previsto para começar em Dores de Macabu”, disse.
Fonte: NF Notícias (Prefeitura de Campos)