Pastor de cabras proibido de trabalhar com animais por maltratar cães
Um tribunal de Málaga, Espanha, condenou um pastor de cabras de Casabermeja a um ano e um dia de prisão por um crime de maus-tratos de animais. O magistrado considerou o homem culpado de manter seus cinco cães em condições deploráveis, “incompatíveis com a vida”.
Além da sentença de prisão, o tribunal também o proibiu de trabalhar com ou possuir animais, que são seu sustento, por três anos e um dia e o forçou a pagar 7.000 euros pelos custos veterinários.
A associação de bem-estar animal de Casabermeja, a Ladram, relatou o caso às autoridades após reunir evidências de que os animais do pastor estavam em más condições. O Serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil (Seprona) localizou o homem enquanto conduzia sua cabra com os cinco cães, que apresentavam “sinais claros de falta de cuidados”, segundo os oficiais.
A equipe do Seprona também constatou que vários deles não tinham o microchip de identificação obrigatório e, além disso, um dos cães apresentava sinais de ter sido fisicamente agredido por humanos de acordo com o relatório do tribunal.
Despesas veterinárias
Três dos animais não sobreviveram, apesar de terem sido acolhidos pela Ladram e pela Sociedad Protectora de Animales y Plantas de Málaga (SPAPMA), pois sofriam de inúmeros problemas de saúde e infecções, tanto externas quanto internas. A Ladram e a SPAPMA reivindicaram ao pastor de cabras as despesas veterinárias que permitiram o salvamento de dois dos animais. E como resultado, o tribunal também condenou o acusado a pagar mais de 7.000 euros pelo tratamento veterinário fornecido aos cinco cães.
Ladram, a sociedade que relatou o caso, explicou ao jornal SUR In English que seu objetivo é educar os proprietários de animais trabalhadores sobre suas necessidades e sobre as consequências judiciais (e na vida dos animais) da crueldade animal.
Por Fernando Torres / Tradução de Bruno Fontanive
Fonte: Sur In English