Phoebe foi abandonada num riacho para morrer. Agora, só procura um lar para ser amada

Phoebe foi abandonada num riacho para morrer. Agora, só procura um lar para ser amada
A gata ficou mais de uma hora numa caixa, enrolada em mantas.

Com as duas pernas partidas e sem se conseguir mexer, Phoebe foi abandonada num riacho. “Estava ali sozinha, com a água a passar e a esperar pela morte”, descreve Cristiana Dias, presidente da associação SOS Bigodes.

Não é a primeira vez que uma situação grave e de maus tratos a animais chega às mãos da jovem de 24 anos. Durante dois meses, acompanhou a recuperação de uma gata com 50 por cento do corpo queimado, após ter sido colocada no forno. Um dos casos mais recentes foi o de um cão deixado ao relento, depois de o atropelarem, e que acabou por perder uma das pernas.

Desta vez, Cristiana Dias atendeu o telefone para ouvir outra história com o sofrimento animal como protagonista: “Um senhor ligou-me a dizer que tinha encontrado um gato bravo junto a um riacho em Barcelos”. O homem explicou ainda que tinha conseguido resgatar o felino, em conjunto com um morador, e que o tinha deixado em casa do mesmo, pois ficava ali perto.

Acabou por ir embora e com a missão de chamar por ajuda: “Ele não vivia ali, e lembrava-se que a sogra tinha o número da nossa associação. Por isso, foi ter com ela”, descreve a presidente à PiT.

No meio de toda a papelada, foi difícil para a sogra do senhor encontrar o contacto da SOS Bigodes. Quando finalmente conseguiu, já tinha passado uma hora e meia desde o resgate. “Pedimos a uma das nossas voluntárias para ir buscar o gato. Quando ela chegou a casa do senhor, viu, na verdade, uma gatinha numa caixa, embrulhada em mantas”.

“Foram buscá-la, puseram-na numa caixa e não fizeram mais nada”. Assim que a gata encontrada numa valeta chegou à clínica, conseguiram perceber que tinha 12 anos, e a sua meiguice fez Cristiana desconfiar que não se tratava de um animal vadio: “É muito estranho uma gata com aquela idade na rua. Ainda por cima, estava muito gordinha. Achei que pudesse ser do senhor que tinha a casa ali perto”.

Phoebe, como mais tarde a apelidaram, tinha duas pernas partidas, e, durante algum tempo, ponderou-se mesmo a amputação de uma delas. “Ela deixou de ter sensibilidade, e achavam, na clínica, que essa era a melhor opção. Mas, felizmente, ela já ganhou alguma sensibilidade”. Além das pernas partidas, tinha uma fratura na bacia. Agora, está à espera de ser operada, pois está com anemia.

Nada disto impede que a patuda não esteja recheada de amor para dar. Não se sabe onde esteve até chegar àquele riacho, onde a água quase a levou para piores caminhos, mas em nada isso mudou a sua forma carinhosa de ser. Neste momento, Phoebe está à procura de uma família que lhe dê toda a força que precisa para recuperar, e a associação está a usar o Pinder para o fazer. A nova plataforma de adoção responsável da PiT facilita o contacto entre tutores, associações e adotantes. Para que seja mais seguro dar uma nova casa aos patudos.

Carregue na galeria para ver algumas fotografias de Phoebe e dos outros animais que a SOS Bigodes tem no Pinder.

Por Carolina Jesus

Fonte: Pets in Town / mantida grafia lusitana original

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.