Pinguins são devolvidos ao mar em Angra dos Reis, RJ; veja vídeo

Pinguins são devolvidos ao mar em Angra dos Reis, RJ; veja vídeo
Pinguins sendo devolvidos ao mar em Angra dos Reis — Foto: PMP/Petrobras/Econservation

A temporada migratória dos pinguins no litoral brasileiro chegou ao fim, mas alguns ficaram pelo caminho e agora precisam de uma “forcinha” para voltarem para casa.

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Nesta quarta-feira (14), 10 animais da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) foram devolvidos ao habitat natural em Angra dos Reis (RJ).

Estes pinguins foram encontrados debilitados em praias de Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Niterói e Maricá.

Eles receberam tratamento veterinário do Projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Santos (PMP-BS) até serem considerados aptos para o retorno ao habitat natural.

A soltura foi realizada em alto mar, respeitando as melhores condições de maré para que os animais completem o trecho de migração até a Patagônia Argentina.

O trabalho teve o apoio logístico do Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Paraty, do Parque Nacional da Serra da Bocaina (RJ/SP), da Estação Ecológica de Tamoios (RJ) e da APA Cairuçu (RJ).

Pinguins foram soltos em alto mar — Foto: PMP/Petrobras/Econservation
Pinguins foram soltos em alto mar — Foto: PMP/Petrobras/Econservation

Entenda o processo de migração

Segundo dados do Projeto de Monitoramento de Praias, de janeiro a novembro de 2022, foram encontrados 11.494 pinguins no litoral brasileiro. Santa Catarina é o estado com maior incidência, com 6.887 pinguins encontrados, seguida de São Paulo, com 2.562 animais, e Paraná, com 1.918. No estado do Rio de Janeiro, foram 76 pinguins.

Os animais são resgatados debilitados e muitas vezes machucados, sendo necessário um tratamento para que reaprendam a comer e a nadar sozinhos.

Todos os anos, no inverno, os pinguins-de-magalhães iniciam o período migratório com destino a costa brasileira em busca de alimento.

Durante esse período, muitos deles, principalmente os mais jovens, vivenciam situações desconfortáveis, como comer lixo jogado no mar pelo homem ou ficar preso em redes de pesca — o que costuma deixar os bichinhos encalhados.

Esses animais são encontrados nas praias apresentando sintomas graves de exaustão, perda de composição corporal, desidratação e trauma.

“A maioria desses animais chegam aqui muito debilitados e magros, por conta desse longo período de migração que eles passam desde a Patagônia até o Brasil, em busca de alimentos. A maior parte são pinguins juvenis, de primeira migração… Eles acabam se desprendendo do grupo e não conseguem mais pescar”, explicou a veterinária Anneliese Kyllar, coordenadora da equipe veterinária do Projeto de Monitoramento de Praias.

Fonte: g1

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