Pit bull é morta a tiro por PM em quintal de casa em SC e tutor diz que policial falou para ‘cobrar do Estado’

Pit bull é morta a tiro por PM em quintal de casa em SC e tutor diz que policial falou para ‘cobrar do Estado’
Cadela Megui morreu após não resistir ao ferimento de bala — Foto: Mario Cesar Silva/Divulgação

A cadela Meg, uma pit bull de 7 anos, morreu na quinta-feira (21) após ser atingida por um tiro na região peitoral no quintal de uma residência Mafra, no Norte catarinense. O tutor do animal, Mario Cesar Silva, registrou boletim de ocorrência do caso e afirma que um policial baleou a cachorra e não prestou socorro.

Por nota, o Comando da PM de Mafra disse que abriu inquérito e que a informação preliminar é que o policial “perseguia um marginal através do pátio de residências, ocasião na qual teria sido atacado pelo cão”. A corporação disse ainda que lamenta o fato e que vai prestar esclarecimentos após as investigações.

O delegado responsável pela investigação não foi encontrado.

De acordo com o tutor, a cadela foi atingida por volta do meio-dia no bairro Buenos Aires. O animal passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. “Eu estava saindo de casa quando soltei a cachorra no pátio. Ela faz companhia para minha avó, que mora com a gente, e tem síndrome do pânico. Ela tem medo de ladrão, de alguma coisa acontecer, e sentia mais segura com a cachorra”, conta Mario.

Cachorra foi atingida por tiro no peito em Florianópolis — Foto: Mario Cesar Silva/Reprodução
Cachorra foi atingida por tiro no peito em Florianópolis — Foto: Mario Cesar Silva/Reprodução

O tutor do animal diz que ouviu um barulho e na sequência muitos gritos da avó e a cadela agonizando. Quando voltou ao pátio, contou que viu um policial com as mãos para cima, uma delas com uma arma.

“Eu fui primeiro atender a minha avó, que estava muito assustada. Daí minha mulher pegou um cobertor e começou a fazer pressão contra o ferimento da cachorra, mas estava saindo muito sangue”, diz Mario.

Na sequência, o policial saiu do pátio. Segundo Mario, o batalhão estava em atendimento de outra ocorrência, quadras abaixo de sua casa. O tutor da residência buscou os policiais e, depois, uma viatura parou em frente à casa.

“O mesmo policial estava no carro. Peguei a cachorra ensanguentada e perguntei se eles podiam me ajudar, levar a cachorra no veterinário. Não sabia o que fazer. O policial riu da minha cara. Ele disse que não iria colocar a cachorra na viatura e ainda falou: cobra do Estado”, disse o tutor da cadela Meg.

Ainda segundo o homem, a cachorra estava muito próxima à sua avó, o que ainda poderia ter aumentado o risco da senhora ser atingida. Após o atendimento no veterinário, o homem foi à Polícia Civil registrar a ocorrência e policiais militares foram até a sua casa registrar o boletim de ocorrência.

“Eles tentaram amenizar, dizendo que por ser dessa raça o policial tentou se defender. Mas a cachorra estava a três metros dele. Não tem que entrar e invadir a minha casa e sair dando tiro”, disse o tutor do animal.

Fonte: G1

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