Pit bull que ia para eutanásia chora, é adotado e ganha segunda chance de vida

Pit bull que ia para eutanásia chora, é adotado e ganha segunda chance de vida
Pit bull que ia para eutanásia chora, é adotado e ganha segunda chance de vida. Reprodução

Um cão da raça pit bull foi salvo de uma eutanásia e adotado. Prestes a passar pelo triste procedimento, o cachorro começou a tremer e chorar, quando voluntários de uma ONG (organização não governamental) viram a cena e o agarraram, salvando-o.

O cãozinho com o nome de Hogan estava em um abrigo da Califórnia e hoje, é muito, muito amado no novo lar. A equipe que salvou o cachorrinho é da ONG Ozzie and Friends Rescue.

A equipe, imediatamente, retirou o cão do abrigo e correu em busca de uma família para o Hogan. E, encontrou! O amor venceu o medo e conquistou corações. “Eu me apaixonei absolutamente por ele”, disse Perez-Benitez, nova tutora do Hogan.

Preconceito

Por três anos, Hogan esperou no resgate que alguém o notasse. Infelizmente, o cão não se sentia confortável perto de outros animais, e muitas famílias achavam que ele não se encaixava bem.

A raça pit bull ainda é muito discriminada, o que leva muitos cães desta raça, como Hogan, a serem rejeitados por famílias e abrigos. O pit bull também conhecido como American Pit Bull Terrier (APBT), segundo especialistas, pode ser carinhoso, leal e inteligente. Mas teve a imagem associada a um comportamento rude e agressivo.

Há várias teorias sobre a verdadeira história do Pitbull, considerando os cruzamentos que o originaram e sua verdadeira função. A raça pitbull chama a atenção pelo porte físico e atlético: os músculos são aparentes e para mantê-los, é necessário alimentação específica.

Novo lar

Mas, em 2021, Hogan foi enviado para morar com a mãe adotiva Evelyn Perez-Benitez. Embora fosse um lar temporário, assim que o conheceu, ela sabia que ele era o único. Hoje em dia, Hogan, que costumava passar os dias andando de um lado para o outro em um pequeno canil, gosta de nadar e fazer caminhadas com sua mãe.

“Faço tudo o que posso por ele”, disse Perez-Benitez. “Quero dar a ele a melhor vida possível porque ele é minha família.” Confira abaixo um vídeo que mostra o momento em que o pit bull chora a caminho da eutanásia e é salvo e adotado:

 

 
 
 
 
 
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Fonte: Só Notícia Boa via A10+


Nota do Olhar Animal: É curioso e tem sido comum aplicarem a expressão “dar mais uma chance” com um sentido moral em situações que envolvem animais vítimas de abusos ou maus-tratos, como se o respeito devido a eles fosse algo a ser concedido pelos humanos ao final de um processo meritório. Reconhecer e respeitar os interesses próprios dos animais é uma obrigação moral e não um prêmio. Dar-lhes abrigo e/ou cuidados é (ou deveria ser) uma manifestação desse reconhecimento. Dar ou não dar “uma chance” é aplicável, por exemplo, no caso de quem viola esses interesses e os principais para os animais são o interesse em viver, em não sofrer e em desfrutar de suas vidas. É a chance que os humanos têm para rever seus conceitos e mudar de postura em relação aos demais seres sencientes. Em um processo de adoção de cães e gatos, tema da matéria, se alguém está recebendo “uma chance” (no sentido que motivou essa reflexão), esse alguém são os possíveis novos tutores, apresentando-se a eles a oportunidade de praticarem sua solidariedade, sua compaixão, de exercerem sua cidadania e de resgatarem uma parte ínfima da dívida impagável que a humanidade tem para com os animais. É uma chance de aprimoramento civilizacional se entenderem que o animal não lhes deve nada, muito pelo contrário. Da forma como é corriqueiramente usada, a expressão “dar uma chance” parece mais uma ameaça ao animal no sentido de que, se ele não atender às expectativas e demandas humanas, poderá “perder a chance”, talvez com a devolução ao lugar de origem, com um novo abandono ou até mesmo com a morte.

 

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