PMP fala sobre baleia encalhada e caixa misteriosa em praias de Imbituba, SC

PMP fala sobre baleia encalhada e caixa misteriosa em praias de Imbituba, SC

No último final de semana apareceu na Praia do Porto uma baleia-jubarte já morta e encalhada na faixa de areia. A causa da morte só será divulgada após a necropsia. Trabalho esse, que iniciou nesta terça-feira, 27, junto com a equipe do Programa de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), que além disso, fará a dissecação do corpo da baleia.

O repórter 89, Otaviano Carvalho, da Rede Souza de Comunicação, esteve no local pela manhã e conversou com o assessor de comunicação do PMP, Santiago Anguita. Ele comentou sobre o projeto e os processos necessários para a remoção do animal. “Nós avaliamos a morte de animais marinhos desde Laguna, à Saquarema no Rio de Janeiro, nossa equipe que é da UDESC de Laguna, monitora desde a praia do mar grosso à Praia do Luz, em Imbituba. Então, nós avaliamos os impactos na fauna marinha. Todo animal marinho que aparece vivo, ferido, ou morto na praia é recolhido, seja grande ou pequeno. A gente tem uma série de protocolos que têm que ser respeitados, que estão ligados à APA da Baleia Franca, ao IBAMA, e à própria Petrobrás. Então, é animal da nossa análise, uma vez que encalhou na praia, então se o animal está boiando, a gente não pode fazer absolutamente nada. O que podemos fazer é acionar a prefeitura, polícia ambiental. Eles podem tentar ajudar a trazer o animal para a nossa costa e então assim a gente consegue proceder”, explica Santiago.

Santiago ressalta como exemplo o encalhe de uma baleia no costão da Praia de Itapirubá recentemente. “Por exemplo, mês passado tivemos o animal que encalhou no costão de Itapirubá, a gente não pode atender o bicho até que ele encostasse na praia. Ele estava nas pedras, então os pescadores removeram o animal e deixaram na areia, assim conseguimos fazer a necropsia e todas as ações protocoladas”, salienta o assessor.

A baleia tem 12,5m, e já está em um avançado estágio de decomposição e, de acordo com Santiago, isso significa que ela pode estar morta há cerca de 15 dias até ter encalhado na Praia do Porto. O repórter, Otaviano Carvalho, questionou Santiago sobre as baleias-jubartes, ele afirma que a espécie está sempre pelo nosso litoral. “Baleias Jubarte são frequentes aqui no litoral, mas ficam mais mar adentro, é comum elas estarem por aqui na nossa região e serem avistadas por profissionais embarcados”, afirma Santiago.

Além disso, o assessor explicou quais processos estão sendo feitos pela equipe.“Serão feitos três procedimentos, o primeiro é a necropsia, que é um estudo onde ela será aberta para tirar as amostra de todos os órgãos dela. Por ela está em um avançado estágio de decomposição, não vai ser possível alguns órgãos ficarem inteiros para pode coletar uma amostra, eles farão todo o esforço. Segundo, é o descarne do animal, todos os seus ossos serão limpos, para poder ser doados ao museu da Baleia-Franca, e o último procedimento é que ela vai ser enterrada, segundo o protocolo de encalhe de grandes estágios da APA da Baleia Franca. Vai ser enterrada aqui na Praia do Porto com cal”, afirma Santiago.

Por fim, Santiago ainda comentou sobre a misteriosa caixa encontrada na Praia da Vila, um fardo de borracha da 2º Guerra Mundial, oriundo a um naufrágio de um navio Nazista. “Então essa “caixa”, não é uma caixa, é uma fardo de borracha, da segunda guerra mundial. As pessoas ficam se perguntando, como pode algo de 80 anos atrás vir parar aqui agora? Então, realmente esse fardo que parou na Praia da Vila, que é a primeira encontrada em SC, já haviam achado outro no ano de 2018, no Nordeste. O pessoal da universidade de lá descobriu que tinha na segunda guerra mundial um navio nazista que estava trasnportando esses fardos de borracha. “Eles eram utilizados para fabricação de luvas, e outras coisas que estão envolvidas com a segunda guerra mundial em si. Então, foi muito surpreendente para nós achar esse fardo em SC, o pessoal do ECOSURF, confiou para a gente que se tratava desses fardos, tem aproximadamente 100 kg, e agora eles estão sendo utilizados para pesquisas e educação ambiental”, finalizou Santiago.​

Por Otaviano Carvalho e Anna Luiza Siqueira

Fonte: RSC

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