Polícia Civil apreende 60 animais em operação contra rede de pet shops suspeita de golpes e maus-tratos no PR
A Polícia Civil apreendeu cerca de 60 animais durante uma operação contra uma rede de pet shops suspeita de maus-tratos e de aplicar golpes, na manhã desta terça-feira (13).
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão para endereços de Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana.
VÍDEO: Polícia Civil mira rede de pet shops suspeita de golpes e maus-tratos
Segundo o delegado Matheus Laiola, durante o cumprimento da ordem judicial no canil da empresa, que fica em São José dos Pinhais, foram encontradas irregularidades, como locais e condições de saúde inadequados.
Os três proprietários da rede foram encaminhados para a delegacia, onde foram autuados por maus-tratos a animais e liberados em seguida.
“Conseguimos colher elementos de que realmente essa empresa tem fortes indícios de que pratica crimes contra a relação de consumo e também situação de maus-tratos, tanto é que os três donos estão sendo autuados por isso”, afirmou Laiola.
O delegado disse que, além do crime de maus-tratos a animais, os três devem ser indiciados por associação criminosa e por crimes contra as relações de consumo.
Na capital, os policiais fazem buscas nos bairros Batel, Hauer, Portão, Boqueirão, Pinheirinho, Centro e Campo Comprido, sendo que dois dos endereços ficam em shoppings. Já em São José dos Pinhais, as buscas acontecem no bairro Faxina e no Centro.
As investigações
De acordo com a Polícia Civil, a empresa, além de pet shop e canil, também possui clínica veterinária. As investigações, realizadas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, começaram há três meses, após denúncias de um ex-funcionário. Clientes da empresa também foram ouvidos.
A Polícia Civil informou ainda que há indícios de que os animais eram submetidos a condições degradantes de sobrevivência, como passar fins de semana sem alimentação e higiene adequadas.
As investigações apontam que o grupo utilizava a estrutura e a fama consolidada para enganar os clientes, que compravam animais a alto custo acreditando na boa procedência. No entanto, recebiam cães, na maioria das vezes, doentes e com certificado falso de registro de raça pura, conforme a polícia.
Laiola informou que a polícia vai apurar a conduta da empresa responsável pela emissão dos pedigrees dos animais na Grande Curitiba. Há a suspeita de que os certificados de linhagem eram emitidos sem contato direto com o animal, apenas por meio telefônico.
A ação teve a participação do Conselho Regional de Medicina Veterinária e da Rede de Proteção Animal.
Segundo o delegado, os cães apreendidos durante a operação devem passar por uma triagem e por avaliação clínica antes de serem encaminhados para adoção.
Fonte: G1