Polícia de SP prende homem apontado como um dos maiores traficantes de animais silvestres do Brasil

Uma operação conjunta realizada entre policiais civis e militares de São Paulo prendeu nesta quarta-feira (12), na capital paulista, um homem conhecido como “Zé do Bode”, apontado por agentes da Polícia Federal e da Polícia Ambiental como um dos maiores traficantes de animais silvestres do Brasil. Com ele foram presas também duas mulheres.
“Zé do Bode” é acusado de trazer ao Brasil e revender animais silvestres, cuja comercialização e a manutenção em cativeiro são proibidas. Com ele foram apreendidos araras, macacos (que usavam roupas e fraldas) e outros animais silvestres.
A Justiça de São Paulo converteu a prisão em flagrante dos três em preventiva e eles irão responder pelos crimes de tráfico de animais silvestres sem autorização e associação criminosa, com penas agravadas por serem os animais em extinção e o crime ter sido praticado à noite.
Na decisão que determinou a prisão preventiva do trio, a juíza Adriana Barrea, do plantão criminal do Tribunal de Justiça de SP, entendeu que, apesar dos crimes serem sem violência à pessoa, “assolam a paz social e vulneram a fauna, vez que foram apreendidas três espécies classificadas como de natureza silvestre e em extinção”.

Falso cliente marcou encontro
A prisão ocorreu durante a noite de quarta-feira (12) na rua Copacabana, em Santana, na Zona Norte de São Paulo, após um PM se apresentar como comprador e marcar um encontro com o vendedor para adquirir 3 macacos pregos filhotes, que estão em extinção.
O traficante de animais pediu R$ 4 mil por um casal de macacos, sendo que os mesmos viriam com documentação das autoridades ambientais. Sem documentação, disse o vendedor por redes sociais, os macacos ficariam por R$ 1.800.

Policiais civis e militares abordaram o traficante assim que ele desceu de um veículo, uma caminhonete Mitsubishi, no local onde faria a entrega das mercadorias e ele não ofereceu resistência. O caso foi registrado no 13º Distrito Policial (Casa Verde).

Por Robinson Cerântula e Tahiane Stochero
Fonte: G1