População lota plenário da Câmara para discutir a proibição de fogos explosivos em Betim, MG

População lota plenário da Câmara para discutir a proibição de fogos explosivos em Betim, MG
População lota plenário da Câmara para discutir a proibição de fogos explosivos em Betim. Foto: Ronaldo Silveira

O plenário da Câmara Municipal de Betim lotou, nesta quarta-feira (16), durante a audiência pública que debateu o Projeto de Lei (PL) 437/2021, do vereador Roberto da Quadra (Patriota). O texto propõe a proibição do manuseio, da venda e da soltura de fogos de artifício de efeito sonoro ruidoso em todo o município.

Mães e pais de crianças com autismo e ativistas ambientais estiveram em peso na sede do Legislativo betinense para discutir o PL com o autor e representantes do governo municipal. Os autistas e os animais são alguns dos grupos mais afetados pelo barulho dos fogos de artifício.

A confeiteira Roselane Souza tem dois filhos autistas, de 11 e 8 anos, e fez questão de participar da discussão. “Nós é que sabemos o que passamos. Não sou contra times de futebol nem festas, mas contra os fogos. Os meninos ficam muito agitados com o barulho”, diz. “Pra mim, esse projeto é muito importante”, emenda.

Para cães e gatos, os estampidos também são uma ameaça. “A capacidade auditiva do animal é muito maior do que a do ser humano. Então, ele fica tão estressado com a situação que o sistema nervoso dele, assim como o dos autistas, fica superagitado, e ele pensa, em um primeiro momento, em fuga”, explica a médica veterinária da Superintendência de Proteção Animal (Sepa) Lorena Ferreira dos Santos. Por conta da agitação e do desespero, muitos animais acabam se ferindo e, em alguns casos, até morrendo.

Roberto da Quadra destacou a participação da população na audiência pública e frisou que o PL não busca proibir festejos nem celebrações, mas, sim, o barulho dos fogos explosivos. “A Lei 6.719 já proíbe a soltura deles em locais próximos aos animais, mas precisamos evoluir”, afirma o vereador.

Por Iêva Tatiana (sob supervisão de Daniele Marzano)

Fonte: O Tempo

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