Prefeito veta projeto de lei que proíbe fogos de artifício com barulho em Patrocínio, MG

Prefeito veta projeto de lei que proíbe fogos de artifício com barulho em Patrocínio, MG
Projeto de lei que proíbe soltura de fogos de artifício com estampido é vetado em Patrocínio — Foto: Marco Aurélio/Prefeitura de Uberaba

O prefeito de Patrocínio, Deiró Marra (PSB), vetou o projeto de lei que determina a proibição da soltura de fogos de artifício com barulho na cidade. A proposta, de autoria do vereador Odirlei Magalhães (PL) foi aprovada por unanimidade pela Câmara no dia 29 de novembro.

Em outras cidades do Triângulo e Alto Paranaíba, como Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas, a proibição já é sancionada e está em vigor. No caso de Patrocínio, o Município optou por vetar a medida.

No documento que determinou o veto, assinado no dia 26 de dezembro, consta que o projeto foi recusado porque a fiscalização “cria despesas aos cofres públicos”. Segundo o texto, os gastos do Município devem ser definidos pelo Executivo.

“Embora o texto legislativo não tenha explicitado como ocorrerá a fiscalização, deixando a cargo do Executivo colocar a ideia em prática sem nenhum norte, a implantação da medida implicará em aumento de despesas aos cofres públicos, que deverá [sic] dispor de equipamento, material, pessoal, monitoramento, acompanhamento e fiscalização”, escreveu o prefeito.

Agora, o projeto volta para a Câmara, que pode derrubar o veto. Ao g1, o vereador Odirlei Magalhães disse nesta quarta-feira (1º) que recebeu a notícia sobre a recusa “com tristeza”.

“Foram os defensores da causa animal e dos autistas que me pediram para apresentar e defender a aprovação do projeto. Todos estão frustrados com a postura do prefeito em vetar o projeto aprovado pela Câmara por unanimidade dos vereadores”, declarou.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber se gostaria de se posicionar sobre o veto e aguarda retorno.

Entidades lamentam o veto

Ao g1, a protetora independente de animais, Meire Maciel, lamentou a não aprovação do projeto de lei e disse que a decisão pode comprometer a saúde dos bichos.

“É uma causa nobre, é sobre a saúde dos animais e dos seres humanos. Vamos seguir na luta”, afirmou.

A reportagem também conversou com Luiz Henrique, que é membro de uma associação de pais de crianças autistas de Patrocínio. Ele explicou que o barulho dos fogos de artifício pode provocar crises nas pessoas com essa condição.

“Muitas delas tem uma hipersensibilidade auditiva, e os estampidos causam crises sensoriais muitas vezes intensas”, disse.

Por Luís Fellipe Borges

Fonte: g1

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