Prefeitura aponta inviabilidade econômica e suspende parceria com estado para implantar hospital veterinário em Piracicaba, SP

Prefeitura aponta inviabilidade econômica e suspende parceria com estado para implantar hospital veterinário em Piracicaba, SP
Ampliação do programa Meu Pet foi anunciado na segunda-feira. Foto: Divulgação/ Governo do Estado de SP

A Prefeitura de Piracicaba (SP) informou, nesta terça-feira (3), que a assinatura de uma parceria com o governo do estado para a implantação de um hospital veterinário na cidade está suspensa. O motivo, segundo a administração, é inviabilidade econômica.

Na segunda-feira (2), o governo estadual divulgou uma lista de oito cidades que vão ganhar unidades de saúde para animais, entre elas Santa Bárbara d’Oeste (SP). Piracicaba, no entanto, não foi incluída no programa, apesar de ter oficializado a doação de uma área para a construção de um hospital veterinário, em fevereiro de 2020.

Para a nova fase do programa Meu Pet foram selecionadas Barueri, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, Registro, Santa Bárbara d’Oeste, Jundiaí, São José do Rio Preto, com previsão de início das obras neste ano e conclusão em 2022.

O investimento previsto é de R$ 5 milhões por clínica, para construção e aquisição de equipamentos. As contrapartidas das prefeituras são com doações dos terrenos, contratação de profissionais e custeio das atividades assistenciais quando as unidades estiverem finalizadas.

“A assinatura da parceria com o governo do Estado está suspensa devido sua inviabilidade econômica, entretanto, a prefeitura está finalizando um programa com diversas iniciativas visando o aumento de castrações, bem como criação de ações com foco no bem-estar animal. Este estudo deverá ser apresentado nos próximos dias, assim que for concluído.”, informou a Secretaria de Saúde de Piracicaba, em nota.

O assunto repercutiu na Câmara Municipal. Na sessão de segunda-feira (2), a vereadora Alessandra Belucci (REP) lamentou que a cidade tenha ficado de fora da lista. Já o parlamentar Pedro Kawai (PSDB) informou que vai pedir esclarecimentos à prefeitura.

Retomada de castrações

Por falta de insumos, a cidade chegou a suspender as castrações de animais no Centro de Controle de Zoonoses, em abril. Eliane de Carvalho Silva, coordenadora do CCZ, informou à época que por conta da pandemia do coronavírus faltavam no mercado, para reposição, medicamentos e insumos que são utilizados para o procedimento.

Após quatro meses, a retomada dos procedimentos vai ocorrer nesta quarta-feira (4), com previsão de castrações dos cerca de 90 animais que já estavam com o procedimento agendado antes da suspensão. Os tutores destes animais estão sendo comunicados sobre o reagendamento das cirurgias.

Em março, o G1 também mostrou que um veículo para castração de animais, comprado por R$ 172 mil – parte do montante destinado via emenda parlamentar -, seguia sem funcionar, dez meses após seu recebimento. À época, a prefeitura informou que não ocorreu a ativação devido à pandemia e necessidade de equipá-lo.

Unidade em Santa Bárbara

O hospital veterinário de Santa Bárbara contará com investimento de R$ 5 milhões entre construção e equipamentos do hospital, segundo a prefeitura.

Maquete de unidade do programa Meu Pet. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste
Maquete de unidade do programa Meu Pet. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste

Serão oferecidos serviços gratuitos para cães e gatos, como consultas clínicas, cirurgias, exames de ultrassom, raio-x e endoscopia, laboratório de análises clínicas, setor de urgência e emergência, além dos serviços de vacinação, castração e adoção responsável, também conforme a administração municipal.

A previsão é de que a unidade tenha 480 metros quadrados de área construída, com salas cirúrgicas, de medicação, internação e equipamentos para ofertar atendimento regionalizado aos animais domésticos.

A prefeitura acrescentou que definirá nas próximas semanas o terreno onde o hospital será construído. A previsão é que o atendimento no local seja iniciado em 2022.

Por Rodrigo Pereira, G1 Piracicaba e Região

Fonte: G1

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