Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís, MA; mais de dez animais já foram retirados do abandono

Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís, MA; mais de dez animais já foram retirados do abandono
Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante

Há três anos, Francisco Braga, mais conhecido como Chico, divide sua rotina como professor de natação e agente da Blitz Urbana de São Luís com a paixão pela causa animal.

VÍDEO: Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís (Imagens e produção: Adriano Soares/Grupo Mirante)

Atualmente, Chico cria em sua residência 11 jumentos e um burro resgatados do abandono e maus-tratos. Ele custeia todas as despesas do resgate, alimentação e medicamentos dos animais.

“Hoje aqui eu tenho 11 jumentos e um burro. Na fazenda de uma aluna minha eu tenho 14. Todos esses resgatados e cuidados por mim”, afirma o professor.

Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante
Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante

É comum que esses animais sejam usados para carregar pesos excessivos em carroças e, quando eles não têm mais utilidade, são abandonados nas ruas. A maioria dos jumentos resgatados por Chico Braga sofriam maus-tratos de carroceiros e corriam riscos de atropelamento.

“Essa aqui é Aurora, ela tem duas semanas aqui em casa. Ela e a mãe foram resgatadas no Olho D´água antes que o pior acontecesse, esse pior é um atropelamento ou algum carroceiro pegar e levar pra escravidão da carroça de novo. A grande maioria dos carroceiros maltratam muito, colocando peso excessivo na carroça e batendo nos animais”, ressalta Chico.

Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante
Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante

Após serem resgatados, os animais têm uma rotina de cuidados e alimentação adequada, diferente de quando viviam no abandono.

“De manhã eu dou ração pra eles, meio dia e a tarde corto capim. Também sempre tem um veterinário que eu chamo pra dar uma olhada, tudo isso às minhas custas. Tenho a ajuda somente de Deus pra que eu trabalhe para mantê-los”, afirma Chico.

Toda ajuda é bem-vinda

Todos os cuidados com os animais são feitos por Francisco, que também precisa trabalhar em dois locais diferentes para pagar os custos de mantê-los. Para o professor, toda ajuda é bem-vinda, seja ela qual for.

“Toda ajuda é bem vinda, até a mão de obra para limpar. Aqui sou eu mesmo que limpo durante a semana e no fim de semana eu chamo uma pessoa pra dar uma ajuda, porque eu tenho que trabalhar para sustentá-los. A vida é corrida mesmo”, afirma.

Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante
Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante

Apesar dos esforços, o amor pelos animais é o que motiva Chico a continuar com os resgates. Segundo ele, tudo o que esses seres tão desprezados precisam é de compaixão e carinho.

“Tenham mais um pouco de compaixão e carinho por eles, que são seres tão dóceis, tão abençoados e não fazem mal nenhum, ao contrário, só carinho”, diz Francisco Braga.

Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante
Professor resgata jumentos vítimas de maus-tratos em São Luís; mais de dez animais já foram retirados do abandono — Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante

Por Geisa de Almeida (sob supervisão de Liliane Cutrim)

Fonte: G1

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.