Protetora pede ajuda para cuidar de núcleo de gatos no Nhô Serra, em Piracicaba, SP

Protetora pede ajuda para cuidar de núcleo de gatos no Nhô Serra, em Piracicaba, SP

Pelo menos há dez anos, um núcleo de gatos vive no Centro Cultural do Nhô Serra, no Parque 1º de Maio, mas o destino deles ainda é incerto. A ex-coordenadora do espaço, Maria Cristina Gouveia Franco, disse que principalmente neste período mais frio, a situação dos gatos deve ficar mais crítica. Constantemente, ela tem levado casinhas para abrigar os animais, mas segundo ela, elas desaparecem, assim como as vasilhas de ração e água são localizadas viradas, ou somem.

“A situação dos gatos é antiga, há muito tempo tenho chamado a responsabilidade de prefeitura sobre a questão, porque não colabora com as rações, ou castrações. Algumas pessoas me ajudam com ração, mas não tenho mais condições de saúde e nem financeira, porque estou desempregada”, relatou Cristina. “Eles  colocam as vasilhas do lado de fora, pois querem que os animais acostumem a comer lá, mas eles sempre viveram no Centro Cultural. Tenho medo que eles, simplesmente, sejam colocados na rua”.

Segundo ela, gostaria que os setores da prefeitura recebessem a comissão de protetores para tratar sobre a questão dos gatos.

 A Secretaria de Saúde, por meio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), informa que já ofertou e continua sendo ofertada as cirurgias de castração aos animais localizados no Centro Cultural Nhô-Serra. A pasta reforça que a ração comprada para o canil/gatil do CCZ é somente para atender o consumo dos animais que estão sob guarda da administração pública. Sobre a retirada dos gatos do local, a informação não procede.

A Secretaria esclareceu que, segundo informações do próprio Núcleo de Apoio Administrativo do Centro Cultural, a alimentação aos felinos é oferecida por funcionários, não descartando a oferta de terceiros

O é caso de conhecimento do CCZ desde 2017 e, também, do Ministério Público, que recebeu uma carta da protetora de animais por estar preocupada com a situação e o destino dos felinos.

O CCZ lembra que hoje os organismos internacionais que pesquisam e trabalham com o controle populacional de felinos ferais e semi-domiciliados recomendam que no caso de núcleos destes animais em próprios públicos e áreas verdes – caso do Centro Cultural – sejam contemplados pelo Projeto CCS (captura, castração, marcação e soltura).

A Secretaria informou que a última oferta de cirurgia de castração foi no dia 23 de julho de 2021, data em que Cristina não coordenava mais no espaço.

Por Cristiani Azanha

Fonte: Jornal de Piracicaba

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