Provedora do animal defende fim dos espetáculos com golfinhos em Portugal

Este sábado à tarde, a provedora do animal promove um encontro de sensibilização pública sobre o bem-estar dos cetáceos em cativeiro em Portugal, onde existem 33 golfinhos – oito no Jardim Zoológico de Lisboa e 25 no Zoomarine Algarve – nessa situação. O encontro realiza-se a partir das 14h30 na sala de cinema Fernando Lopes na Universidade Lusófona, em Lisboa e inclui a exibição do filme “The Cove – A Baía da Vergonha”, vencedor do Óscar de Melhor Documentário em 2009, acerca da caça ao golfinho no Japão. Segue-se uma sessão com a presença de Richard O’Barry, ativista pelos direitos dos animais e antigo treinador de golfinhos, que entra neste documentário e fundou o Dolphin Project, e de Femke Den Hass, ativista holandesa que gere o Umah Lumba Center na Indonésia, um centro de reabilitação para golfinhos que atuaram em espetáculos de parques aquáticos.
Segundo o jornal Público, Laurentina Pedroso entregou ao Governo algumas propostas, recomendando que “crie legislação apropriada para assegurar a proteção e o bem-estar dos cetáceos em cativeiro e apela aos operadores económicos que, com um grupo de trabalho mediado pela provedora, adotem de imediato um conjunto de melhorias (…) que coloque o nosso país entre os primeiros a nível mundial na proteção e bem-estar de cetáceos golfinhos”.

A provedora propõe que a curto prazo se acabe com a reprodução de golfinhos em cativeiro e os espetáculos de acrobacias em contacto com os participantes, passando os golfinhos a estarem expostos para serem observados pelos visitantes, como acontece com a grande maioria destes animais em parques zoológicos por todo o mundo.
A médio prazo, Laurentina Pedroso propõe a criação de um refúgio marinho junto à costa, onde estes golfinhos pudessem viver num ambiente mais próximo do natural, dado que quase todos estes golfinhos já nasceram em cativeiro e não têm capacidade de sobreviver no meio selvagem.
O Público diz ainda que entre os países que já baniram o cativeiro de cetáceos estão a Índia, o Canadá, o Chipre e o Chile, com a França a caminho de concretizar essa proibição.
Fonte: Esquerda / mantida a grafia lusitana original