Quem ‘ama’ ser torturado?
Por Dr. phil. Sônia T. Felipe
http://epona.tv/blog/2013/august/flogging-a-sick-horse
Se o cavalo amasse o sofrimento, não precisaria dessa parafernália do demo atada à sua boca, torturando-o até que ele faça o que se exige dele!
E sua natureza evoluiu para sentir dor sem demonstrar, como o faz a vaca usada para extração de leite com seu úbere e cascos inflamados.
E os humanos, do alto de sua inteligência, não abrem os olhos para ver. E sua cegueira voluntária não terá perdão! Então, abram os olhos e vejam: a língua, cianótica, as marcas das lesões nas laterais, no pescoço, causadas nada menos do que por instrumentos de ferro fabricados exatamente para a tortura do animal.
E olhe a baba grossa, saliva completamente alterada, do ponto de vista químico, porque as parótidas já estão deixando de produzir o que deveriam produzir.
E com os olhos bem abertos, não se pode ainda ver a dor da gastrite que o animal sofre, por passar horas e horas sem comer, quando sua natureza evoluiu para pastar pelo menos 10 a 12 horas por dia, gramíneas verdes, frescas, não capim seco fermentado ou ração industrializada.
Também não se pode ver a agonia respiratória do animal, por conta do uso das rédeas para manter sua nuca truncada, e das esporas para machucá-lo quando a dor na nuca ainda não basta, nem a do ferro pressionando a língua, para fazê-lo desempenhar os exercícios exigidos pela competição ou o “passeio”. Nada se pode ver. E tudo é sentido pelo animal, exatamente, como nós, por ser um animal fisiológico. O que é a vida, para ele, não é o que ele imagina, é o que ele sente. Simples assim.
E, agora, de olhos bem abertos ainda, repare no olhar de pavor do animal sob tortura, repare uma vez nesse olhar do seu igual! E responda: acha que esse animal pode lhe perdoar por montá-lo e torturá-lo todos os dias?
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