Quem é Sandro? Conheça o elefante que vive no Zoo de Sorocaba desde 1982 e será transferido para santuário após morte de companheira
Com mais de 50 anos, o elefante Sandro vive em um recinto do Zoológico de Sorocaba (SP) desde 1982. A transferência do animal ao Santuário de Elefantes Brasil, na Chapada dos Guimarães (MT), está sendo planejada pela prefeitura, mas ainda não há previsão para ocorrer.
Na última sexta-feira (11), a Prefeitura de Sorocaba divulgou que acatou a recomendação do Ministério Público para fazer a transferência. O pedido foi feito após a morte de Haisa, que foi companheira do animal por 20 anos.
Atualmente, Sandro é um animal idoso e está sendo monitorado pela equipe do zoo desde a partida da elefanta, no dia 18 de novembro de 2020. Haisa sofria de um quadro de artrose, uma doença degenerativa que não tem cura.
Sandro e Haisa viviam juntos desde 1995 em Sorocaba. A elefanta nasceu na Ásia e morava em Santa Catarina, em um recinto com duas irmãs. Já Sandro é da América Latina e era animal de circo até ser transferido para o Zoo. O animal tinha 26 anos quando conheceu a companheira no zoo.
Na época em que a Haisa foi trazida para Sorocaba, a intenção era que o casal tivesse filhotes juntos, mas isso nunca aconteceu.
Morte de Haisa
O anúncio da morte da elefanta Haisa foi feito pela Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) horas depois de uma ONG ter entrado na Justiça para pedir uma apuração da situação do animal, que sofria de artrose, em novembro de 2020. Além da ONG, o Ministério Público abriu um procedimento preparatório.
Segundo a Sema, um guarda civil municipal fazia patrulhamento no local quando presenciou o momento em que Haisa morreu, perto do recinto.
Na madrugada seguinte, a elefanta foi retirada do zoo com a ajuda de um guindaste e transportada até o hospital veterinário de uma universidade particular de Sorocaba por um caminhão. Haisa foi enterrada um dia depois de sua morte, em uma área do Parque Natural “Chico Mendes”.
Antes da morte de Haisa, vídeos publicados nas redes sociais mostraram a situação do animal, que não conseguia caminhar ou se alimentar e tinha machucados pelo corpo.
Segundo a ação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal na Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, ela parecia apresentar infecção e necrose nas patas, não conseguindo se firmar em pé.
De acordo com o promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum, a averiguação do caso seria preliminar por parte do MP. Conforme a prefeitura, desde o mês de maio daquele ano, a elefanta apresentava dificuldade locomotora.
Uma avaliação clínica mostrou aumento de volume em membros torácicos e enrijecimento articular nos cotovelos do animal. Após exames, foi constatado um quadro de artrose.
Fonte: G1