Refúgio de animais Odd Man Inn encontra novos lares para animais ‘de fazenda’

Refúgio de animais Odd Man Inn encontra novos lares para animais ‘de fazenda’
WENDY SMITH, do Odd Man Inn Refúgio Animal perto de Washougal, compartilha um lanche com alguns de seus amigos de quatro patas. O refúgio animal é lar para cerca de 130 animais, incluindo 35 porcos. (Amanda Cowan / The Columbian)

O refúgio com 4 hectares da organização sem fins lucrativos Smiths, em Washougal, atende à necessidade
crítica local.

Melvin, no centro, um porco que perdeu uma pata e as orelhas por infecção depois do ataque de um cão, junto com amigos, inclusive Eppah, à direita, que também perdeu uma pata, no Odd Man Inn perto de Washougal. (Amanda Cowan / The Columbian)

Uma dupla de cabras chamadas Big Tony, à esquerda, e Herbie, em seu cercado no Odd Man Inn perto de Washougal. (Amanda Cowan / The Columbian)

Um cartaz de boas-vindas aos visitantes no Odd Man Inn perto de Washougal. (Amanda Cowan / The Columbian)

Wendy e Josh Smith desfrutam do sol com Echo, uma cabra que eles deram cuidaram até recuperar a saúde, no Odd Man Inn perto de Washougal. (Amanda Cowan / The Columbian)

O Old Man Inn recebeu Bill, o peru, à esquerda, Putter, o pato e Pi, o ganso, de uma família que teve que se mudar e não pode levar os animais consigo. (Erin Middlewood / The Columbian)

O refúgio Odd Man Inn começou com um cachorro, um Labrador Retriever preto chamado Roswell, que tinha tendência a morder.

Wendy e Josh Smith mudaram-se de Portland para quatro hectares nas colinas a nordeste de Washougal para dar a Roswell mais espaço, mantê-lo fora de problemas e salvá-lo da eutanásia.

Os Smiths decidiram que tinham tanto espaço, por que não acolher outro animal vulnerável que precisasse de um lar?

Eles adicionaram um porco. Um se tornou dois, e assim por diante. Os Smiths, apaixonados defensores dos direitos dos animais, agora operam um refúgio sem fins lucrativos completo especializado em cuidados com animais de fazenda que os abrigos da Humane Society têm problemas em acomodar.

“Estamos tentando trabalhar dentro do sistema para fornecer educação e lançar alguma luz sobre a situação dos animais de criação”, disse Wendy Smith. “Não é apenas sobre animais bonitos ou pegar os vadios da rua. Estamos tentando participar do fim da exploração animal”.

Você pode ajudar

Você pode fazer doações dedutíveis de impostos para o Odd Man Inn no site oddmaninn.org.

Ela e Josh são ambos veganos comprometidos, o que significa que eles não comem produtos de origem animal, ou seja, sem carne, ovos, laticínios ou mel. Sua crença de que animais não deveriam ser tratados como mercadorias os motivou a criar o refúgio que ultrapassou o quintal deles.

“Animais são nossa passagem de volta para a compaixão”, disse Josh.

Ele e Wendy acreditam que a carne em indústrias de laticínios é desumana. Eles também argumentam que mesmo se você retirar a questão da moralidade da equação, o custo da carne e da produção de laticínios é simplesmente muito alta: isso é um gerador de gases de efeito estufa que contribui para a crise atual do clima, e os grãos necessários para o crescimento do gado poderiam alimentar pessoas.

“Nós não dizemos se você é uma pessoa boa ou ruim”, disse Josh. “É só, “isso faz sentido”?”

Trabalho duro

Um dia no Odd Man Inn gira em torno dos seus animais domésticos e de fazenda residentes, alimentá-los, dar-lhes água e recolher o seu cocô.

O censo no refúgio varia, mas a contagem até a metade de novembro era 58 pombos, 35 porcos, 13 galos, seis coelhos, seis gatos, quatro cabras, três galinhas, três patos, dois bois, duas lhamas, duas ovelhas, dois pavões, duas tartarugas, dois cachorros, um ganso e um peru.

Os porcos em particular requerem alta manutenção. Eles podem ser destrutivos. E comem muito. O refúgio faz acordos com fazendas para receber 7.000 quilos de produção todo mês para alimentar os porcos, e doa qualquer excesso. Isso está além do feno e grãos para outros animais comerem.

Cuidar de tantos animais custa dinheiro. O orçamento do refúgio no ano passado, de acordo com os registros fiscais, foi cerca de US$ 165,000. As despesas incluíram cerca de US$ 13,500 para alimentação animal e US$ 41,000 para atendimento veterinário.

Doações de indivíduos, juntamente com subsídios corporativos ocasionais, cobrem os custos. Wendy mantém os apoiadores informados sobre o que acontece no refúgio com publicações frequentes na mídia social.

Os Smiths não ganham nenhum dinheiro do Odd Man Inn. Wendy, 42, trabalha como enfermeira em Portland três dias por semana para prover as despesas do casal. Josh, 47, trabalha o dia todo, e sem pagamento, para o refúgio.

O Odd Man Inn também emprega duas pessoas. Além disso, 30 voluntários se comprometem com pelo menos dois turnos por mês para ajudar o refúgio a funcionar sem problemas.

“Nós funcionamos há quatro anos, quase cinco, sem um dia de folga”, disse Josh.

Necessidades especiais

O refúgio muitas vezes abriga animais temporariamente durante processos judiciais de casos de maus-tratos e negligência.

“Eles têm sido brilhantes em lidar com casos de proteção, algum que eu pego em um mandado e que precisa ser mantido em custódia protetora”, disse Tina Schneider, uma funcionária do controle animal no Condado de Cowlitz. “As coisas que eu tenho enviado para eles não é fácil de se lidar”.

Os animais estão muitas vezes em más condições, e alguns não sobrevivem. Wendy e Josh asseguram que os animais tenham atendimento veterinário. Para animais feridos ou doentes com seriedade, isso significa transportá-los para a Universidade Estadual do Oregon, em Corvallis.

Wendy suplementa as visitas veterinárias pondo mãos à obra. Quando uma cabra chamada Echo chegou mancando, Wendy gastou tardes em frente à lareira massageando suas patas, nas quais ela também colocou uma tala. Echo agora caminha bem.

Cada animal tem um nome e uma história. Hanai era um projeto 4-H de um garoto, mas ele não queria vender seu porco para o abate. Sid, um porco húngaro com um casaco de lã, era um vira-lata no Condado de Kitsap. Ramblin “Gamblin” Man pesava 122 quilos (magro para um porco) quando veio de um caso de acumulação tratado pelo controle animal, e agora pesa saudáveis 250 quilos. Os Smiths dirigiram para San Diego para apanhar Cherry Bomb, um porco chamado assim pela canção cantada pela estrela do rock Joan Jett’s, da banda extinta The Runaways. (Quando Odd Man Inn colocou à venda uma foto do porco para captar recursos, Jett comprou-a e também doou ingressos do show para sorteio).

O conto de Melvin

Ao longo dos anos, o Odd Man Inn ajudou 475 animais, 300 deles foram colocados em lares, mas alguns têm residência permanente no refúgio.

Melvin é o mais famoso deles. O porco perdeu uma pata e ambas as orelhas por infecção depois de ser atacado por um cachorro. A foto de Melvin ajudou o Odd Man Inn a vencer um concurso oferecido pela Tractor Supply, uma empresa de implementação agrícola, que compensou o refúgio com US$ 7,500. O dinheiro está ajudando a construir um pavilhão para porcos com necessidades especiais.

Melvin e outro porco com três patas, Eppah, dormem na casa dos Smiths, ou “o celeiro de pessoas”, como eles a chamam. Assim fazem a Avó Lucy, uma porca de 17 anos, e Ziggy, que tende a morder quando ela não recebe carinho e amor suficientes.

“Ninguém é exatamente “fora de limites” na casa”, disse Wendy. “Atualmente, temos um pato na banheira”.

O sonho dos Smiths é que o Odd Man Inn encontre uma grande área, talvez centenas de hectares, para expandir o refúgio e pagar as operações com o aluguel de pontos de acampamento ou pequenos lares e oferecendo aulas de cuidados de animais.

Isso é um plano para longo prazo, de qualquer maneira. A próxima evolução para o Odd Man Inn será acolher criaturas selvagens, como guaxinins e corujas. Wendy está tentando uma certificação do Departamento de Pesca e Vida Selvagem de Washington como um reabilitador da vida selvagem, um processo extenso que requer trabalhar 1.000 horas com alguém que já é certificado.

Por agora, os Smiths focam nos animais domésticos como porcos porque é muito difícil para as agências de controle animal encontrarem lugar para eles. O Odd Man Inn preenche uma necessidade importante, disse Schneider, o oficial de controle animal.

“Eu nunca trabalhei com uma organização de resgate melhor”, disse Schneider. “Eles têm os melhores interesses pelos animais no coração em todos os momentos”.

Por Erin Middlewood / Tradução de Fátima C G Maciel 

Fonte: The Columbian

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