Reserva no AP sofre com invasões para caça e roubo, denuncia gerente

Invasores estariam vendendo animais como caça, segundo Paulo Amorim. Revecom estaria sofrendo com falta de vigilância desde 2011.
Por Fabiana Figueiredo
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Revecom, localizada em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, está sofrendo com a ação de invasores. Segundo o gerente técnico da unidade, Paulo Amorim, as invasões são roubar objetos e até mesmo apedrejar ou caçar os animais.
“Na verdade, fizemos alguns ajustes, mas a situação voltou a agravar em 2011. Tem algumas pessoas viciadas em drogas e caçadores mesmo, eles vêm caçar, e acabam vendendo os animais da reserva. E tem gente que compra. Isso é complexo. Há mais ou menos 4 anos, com o encerramento de um convênio que tínhamos com o estado, tivemos que dispensar a vigilância da reserva. Então a situação foi se agravando”, contou Amorim.
Segundo o gerente, a reserva já pediu apoio das instituições de segurança, mas recebe como resposta que não há efetivo suficiente das polícias para assegurarem a área, calculada em cerca de 171 mil metros quadrados e que abriga mais de 130 animais de diferentes espécies. Outros 300 ficam soltos pela área de mata.
Amorim ressalta que grande parte dos animais que são levados para a reserva ambiental é vítima de agressão de humanos.
“Nossa área é invadida quase que diuturno, somos avisados, tentamos acionar alguém pelo menos para sinalizar que estamos aqui. A gente constata, sai correndo atrás do pessoal. A última vez que vimos atentarem contra um animal foi a anta chamada de Chicão”, disse Amorim.
O gerente recordou que recentemente pediu apoio da Polícia Militar (PM) para concertar uma tela de proteção da reserva, porque suspeitos estariam provocando os funcionários da unidade.