Restaurante serve pescoço de pato recheado com cabeça do animal e causa polêmica
A foto de um novo prato de um restaurante londrino gerou uma pequena onda de indignação. A imagem mostra um pescoço de pato recheado, e o prato é exatamente isso: um pato morto, com o pescoço cheio e um barbante segurando as pontas.
É como uma linguiça, mas que não esconde estar alojada em um pedaço de cadáver — e um cadáver com olhos entreabertos, como mostra a imagem.
A ideia foi dos chefs do restaurante Westerns Laundry, um local badalado de cozinha contemporânea, segundo o jornal The Guardian.
Mas, ao postar a foto do pato recheado com nabos e lentilhas no Instagram, as reações foram divisivas. Enquanto alguns elogiaram a iniciativa, outros disseram que os chefs haviam passado do ponto.
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Além da descrição do prato, a publicação revela ainda que o pescoço de pato recheado custa cerca de R$ 138 (18 libras) e fez uma curta declaração de amor aos animais servidos no restaurante:
“Gostamos de honrar a vida dos animais e cozinhamos todas as suas partes. Muita coisa é desperdiçada em nossa indústria, que vende cortes valorizados e descarta o resto do animal”, disse a legenda do post.
Apesar do bom argumento apresentado pelo restaurante, um dos comentários deixou claro que a foto “era demais”, provavelmente por ser muito explícita. A reação mostrou que muitos não estão preparados para encarar a carne pelo que ela é: partes de animais mortos.
Após as breves reações negativas, outros apareceram na publicação para elogiar o prato. No fim, ninguém comentou se era gostoso ou não.
Fonte: Agora RN
Nota do Olhar Animal: Alguns pontos chamam à atenção. Um deles é a desconexão das pessoas com os animais, a ponto de se surpreenderem com a imagem que, como indica a matéria, evidencia que elas consomem parte de animais mortos. Milhões de animais são esquartejados diariamente para o consumo humano e essa decapitação é cena recorrente nos matadouros. Outro ponto a se destacar é a hipocrisia de quem explora os animais quando alega “honrá-los” com o aproveitamento de todas as partes esquartejadas, como se o “desperdício” fosse uma violação ética maior do que a que ocorre com o abate do animal. É similar à hipocrisia de quem agradece aos animais pelo “sacrifício” para que possam se alimentar, como se o interesse do deles fosse servirem a este propósito.