Reunião decide destino de animais resgatados em imóveis de militar aposentado em Campinas, SP
Uma reunião com integrantes da Prefeitura de Campinas, do Conselho Municipal de Proteção Animal e do Exército definiu que o Departamento de Proteção e Bem-estar Animal vai cuidar dos cães e gatos que estavam nos imóveis do militar aposentado.
Além disso, Exército se comprometeu a monitorar o coronel. Na terça-feira (11) haverá uma ação para retirar os animais dos imóveis após o aposentado entregar as chaves.
A Prefeitura disse que todos vão receber um microchip, vão ser castrados, além de passar por uma análise veterinária. Os que estiverem em condições já serão encaminhados para doação. Os que precisarem de tratamento serão levados para organizações não-governamentais ou para o abrigo municipal.
Sobre a saúde mental do aposentado, a Prefeitura informou que ele passou, nesta segunda-feira, por uma consulta com um psiquiatra da rede particular e já começou um tratamento médico.
Defensores
Na noite de domingo (9), um grupo de defensores dos animais fez plantão no Jardim Chapadão. Só no bairro, o coronel aposentado do Exército, suspeito de maus-tratos, mantém duas casas em situação crítica. Cães e gatos doentes foram resgatados.
Nesta segunda, mais voluntários e integrantes de ONG’s voltaram para resgatar cães e gatos debilitados que estavam em dois imóveis do coronel aposentado.
Situação precária
O caso começou na semana passada. Integrantes de uma ONG foram até a casa do militar aposentado, no Guarani, e encontraram dez cães vivendo em situações precárias. Havia até cachorro morto.
No segundo andar da casa ficavam os gatos, mais de cinquenta, na mesma condição de falta de higiene e maus-tratos. No dia seguinte, os outros dois imóveis no Chapadão foram vistoriados. Em um foi encontrada até uma fossa com ossada de animal.
Após a descoberta, o caso gerou comoção e os animais, aos poucos, eles estão ganhando lares provisórios.
“A gente veio aqui para dar uma força porque nesse momento o que mais precisa é de ajuda para lar temporário”, afirma Alessandra Fontanesi, que é uma de uma ONG de Vinhedo.
Já a comerciante Jaqueline Silva disse que não pode levar mais animais para casa, mas se comprometeu a ajudar.
“Com ração, remédios, vou ver o que o pessoal tá precisando”, afirma.
Uma clínica recebeu seis, entre cães e gatos. Eles tomaram banho, mas chegaram muito debilitados, de acordo com a veterinária. Doentes e com fome. Uma gata que deveria pesar 5kg está com apenas 1,5 kg.
“Uma gatinha de 1,5kg chegou aqui muito debilitada. É um absurdo os gatinhos viverem dessa maneira”, afirma Juliana Ribeiro, proprietária da clínica.