Saiba como agir se o seu bichinho de estimação for envenenado

Saiba como agir se o seu bichinho de estimação for envenenado

Os casos de envenenamento de cães e gatos de estimação, seja por maldade, descuido ou distração, têm se tornado cada vez mais comuns e preocupado os donos, que não sabem como agir quando o animal começa a dar sinais de que não está bem.

O primeiro passo, de acordo com a médica veterinária Carla Storino Bernardes, é procurar um especialista assim que a família desconfiar da intoxicação. Afinal, quanto mais rápido o atendimento, maior é a chance do pet sobreviver com poucas sequelas. “Receitas caseiras e indução ao vômito podem agravar o quadro, pois causam alterações gastrointestinais severas”, ressalta.

Em geral, os envenenamentos são causados por inseticidas e outros venenos para combater pragas, produtos de limpeza e alimentos como cebola, alho, chocolate, café, leite, uva passa e macadâmia. Muito comuns em casas e apartamentos, as plantas Comigo Ninguém Pode, Copo de Leite, Antúrio, Azaléia, Espada de São Jorge, Lírio e Violeta também podem ser tóxicas para os bichinhos.

Veterinária Carla Storino Bernardes dá dicas de como proceder em caso de envenenamento (Fotos: Divulgação)

Fique atento aos sinais

Quando não tratada a tempo, a intoxicação resulta em danos neurológicos ao animal, podendo, inclusive, levar à morte. “Tudo depende do produto e quantidade ingerida, do tamanho do animal e da velocidade”. O tratamento, explica Carla, é aplicado de acordo com a gravidade, natureza do veneno, sintomas e gravidade do quadro, além da administração de antígenos específicos.

Por isso, é importante estar atento a alguns sinais e sintomas que os animais envenenados apresentam: perda de equilíbrio, salivação seguida ou não de vômito, diarréia, apatia (sem resposta a estímulos externos), tremores musculares que podem progredir à fraqueza muscular, sangue na urina ou nas fezes e, em quadros mais severos, convulsões.

Para facilitar a recuperação, o dono deve levar ao veterinário o rótulo do pesticida ou produto industrializado que o bichinho ingeriu. “No caso de animais peçonhentos, plantas e alimentos, a família deve tentar identificar o que picou ou o que o pet ingeriu para o início do tratamento ser mais ágil e correto”, continua.

Quando não tratada a tempo, a intoxicação resulta em danos neurológicos e pode levar à morte

Crime ambiental

É importante lembrar que envenenar animais é um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. “Nesta lei consta que quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos é penalizado com detenção de três meses a um ano e multa”, completa Carla.

A perda da melhor amiga Vinny, uma Border Collie de 8 anos, há quase dois meses, fez com que a estudante Suzanne Cristina Sousa Pereyra acionasse a polícia para encontrar e punir o responsável pela crueldade. A investigação ainda está em andamento, mas não há registros de câmeras. “Quiseram silenciá-la para assaltar a minha casa, porque um cachorro latindo chamaria muita atenção”, explica.

Como a família não estava em casa no momento, não deu tempo de socorrer a cadelinha. “Quando chegamos, ela já estava morta e apresentava os sinais de envenenamento: tinha vômito perto e encontramos uma salsicha recheada com chumbinho. Já não tinha nada que pudesse ser feito”, conta a sorocabana, de 23 anos.

Vinny foi o primeiro cachorro de Suzanne depois de 14 anos insistindo para ter um. “Foi um dos laços mais bonitos que criei. Minha mãe, que não gostava de cachorros, a amava e meu pai, que não chorou nem no velório da mãe dele, ainda chora pela morte da Vinny…era o tanto que ela representava pra gente”, completa.

Suzanne perdeu a melhor amiga Vinny, uma Border Collie de 8 anos (Foto: Arquivo pessoal)

Por Ana Paula Yabiku

Fonte: G1

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