Sem doações, ONG pode suspender resgate de animais no interior de SP; saiba como ajudar

A falta de doação e lotação no abrigo da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) de Itapetininga, no interior de São Paulo, tem prejudicado as atividades de fiscalização e resgate no município.
Segundo a administração, a situação financeira foi agravada desde uma tentativa de boicote político sofrido nas redes sociais.
Atualmente, a Organização Não Governamental (ONG) abriga 327 animais, entre cães, gatos, cavalos e jumentos. A presidente da Uipa, Fernanda Nery, conta que a organização gasta duas toneladas de ração para alimentar os animais. Ao fim do mês, as contas totalizam R$ 14 mil.
Ainda de acordo com Fernanda, os custos para manter todos os serviços oferecidos pela ONG são altos.

“Estamos com um débito de clínicas veterinárias de aproximadamente R$ 30 mil, e de uma loja de rações, em R$ 35 mil, […] fora folha de pagamento, escritório de contabilidade. São inúmeras coisas. O valor da Uipa que nós teríamos que ter por mês ultrapassa R$ 50 mil”, explica.
A situação da Uipa se agravou entre dezembro de 2022 a janeiro de 2023, principalmente devido a tentativa de boicote de grupos bolsonaristas.
“Este ano [início de 2023] foi um dos piores, […] nós não recebemos ajuda [suficiente] desde outubro, por causa do boicote que fizeram com a gente, e foi virando uma bola de neve”, lamenta Fernanda.
Devido aos problemas financeiros, a ONG pode precisar interromper as atividades de resgate e fiscalização em Itapetininga, para cuidar exclusivamente dos animais abrigados.

Como ajudar
A Uipa reforçou as campanhas de adoção de animais e doações. A organização precisa de ração, produtos de limpeza, jornais, fraldas, tapetes higiênicos, sachês, enlatados, roupas para fazer bazar ou até mesmo doações em dinheiro. Confira como ajudar:
Para adotar um animal, interessado pode entrar em contato pelo telefone (15) 99771-3444;
Doações em dinheiro podem ser feitas através de PIX.
“A gente precisa que saiam mais animais para que entrem mais animais. A gente não tem como resgatar e nem fazer fiscalização”, explica a presidente Fernanda.

Fonte: G1