“Só quero justiça” diz tutora de cachorro morto com tiro na cabeça em Passo Fundo, RS

Aos 3 anos, Theodor era um cachorro de estimação que vivia com seus tutores em uma residência no Loteamento Leonardo Ilha, em Passo Fundo. Era “cãopanheiro”, em especial, do garoto Davi, de 7 anos. Entretanto, a amizade e cumplicidade foi interrompida na manhã de terça-feira (23), quando o animalzinho foi morto com um tiro na cabeça.
A tutora Celi explica como foi o caso. “Eu estava dando banho no Theodor junto ao Davi, quando o cachorrinho acabou fugindo. Corremos atrás, mas ele achou que era brincadeira e não voltou. Vim para casa, peguei o carro. O Davi seguiu em busca e retornou aos prantos, dizendo que o Theodor estava morto” conta.
Quem encontrou Theodor foi o próprio Davi. O cachorro estava em frente a um estabelecimento comercial, já morto. A causa: um tiro na cabeça, desferido por um homem. “Ninguém lá nos atendeu ou falou com a gente. Chamamos a Brigada Militar, fomos à Polícia Civil e fizemos o registro do Boletim de Ocorrência” narra Celi.
Ao fim da tarde, após sepultar Theodor com muita tristeza em um espaço próximo da casa onde vive a família, uma pessoa ligada ao homem que atirou no cachorro foi à casa dos tutores. Disse que o ato criminoso foi feito porque o cachorro teria atacado um papagaio no estabelecimento comercial. “Ele era dócil, tinha medo e convivia com outros animais” discorda a tutora.
Agora, a família pretende levar adiante a situação. “Só quero justiça. Meu filho me pergunta os porquês. Eu estou em contato com a promotoria, fui na delegacia, aguardo que a justiça e as leis sejam cumpridas, para que nenhuma outra família sinta o que estamos sentindo. O Davi está traumatizado aos 7 anos desnecessariamente. A gente só pede a justiça dos homens, porque a de Deus não vai falhar e eu ainda acredito na justiça dos homens” conclui a tutora.
No momento, um inquérito deve ser instaurado tratando sobre os maus tratos, que configuram em crime. Enquanto isso, a casinha onde vivia Theodor fica vazia, simbolizando o sentimento da família – em especial, do garoto Davi.
Por Kleiton Vasconcellos
Fonte: Rádio Planalto