Técnica de enfermagem salva cachorro atropelado, e moradores fazem campanha para tratamento
Moradores estão se mobilizando nas redes sociais em uma campanha para ajudar no tratamento de um vira-lata que foi atropelado por uma moto, em São Roque, e deixado ferido em uma rua perto do distrito São João Novo.
Ao G1, a técnica de enfermagem Leonor Gonçalves afirmou que estava chegando em sua casa, quando viu o cachorro ferido e não pensou duas vezes que precisaria ajudar. Vizinhos disseram que ele havia acabado de ser atropelado por um motociclista, que o abandonou no local.
“Eu levei até um veterinário que havia atendido meus bichos antes e teve de abrir o consultório para atendê-lo. Ele teve que tomar muita medicação para dor, estava sofrendo bastante e isso me corta o coração”, conta Leonor.
Vídeo: Cachorro atropelado e deixado agonizado é salvo por técnica de enfermagem.
Leonor conta que se apegou ao cachorro e até o batizou de ‘Pelé. A história do resgate foi parar nas redes sociais e o fato de Leonor não ter condições financeiras para pagar a consulta e tratamento, moradores da cidade começaram uma ‘campanha’ para ajudá-la.
O jornalista Rodrigo Garcia foi um dos moradores que começaram a compartilhar. “Achei um gesto bonito e a foto do cachorrinho com a perninha quebrada me conquistou”, conta ele.
Assim, Leonor descobriu que havia pessoas desconhecidas ajudando a pagar a conta de Pelé ao chegar na clínica onde ele está internado.
“Ainda não sei quanto vai dar, porque só a parte de primeiros-socorros e medicação já estava em R$ 750, mas agora ele precisou de uma cirurgia e isso vai encarecer, mas só o que importa é ele ficar bom. Já falei para o veterinário que eu pago até o fim e não deixo nada devendo”, afirma.
Além dos pagamentos na própria clínica, internautas estão divulgando a conta bancária de Leonor para que pessoas de outras cidades possam ajudar.
Ansiosa pela alta do cão, que deve ocorrer nesta quarta-feira (15), a técnica de enfermagem já adianta que irá adotá-lo. “Não tem a menor chance de eu devolvê-lo para a rua depois disso”, afirma.
Reincidente em socorrer
A história de Pelé é parecida com a de Gustavo, o outro cão de Leonor, que também vivia na rua e foi socorrido após um atropelamento em outubro do ano passado.
Ela conta que, na época, socorreu o animal ao veterinário e arcou com o tratamento sozinha, que ainda paga
“Tem que ser muito sem coração para ver um cachorro de rua agonizando e não se prontificar a ajudar. Eu vejo como uma obrigação de qualquer ser humano que tenha coração”, afirma.
Por Mayco Geretti
Fonte: G1