Tribunal Constitucional do Equador reconhece os animais como sujeitos de direito

Tribunal Constitucional do Equador reconhece os animais como sujeitos de direito
Nas imagens: assim foi a liberação de 296 animais silvestres reabilitados em Bogotá / Secretaria do Meio Ambiente

O Tribunal Constitucional reconheceu os animais como sujeitos de direito, por serem parte da natureza. Embora tenha esclarecido que os direitos dos quais são titulares não podem ser equiparados aos reconhecidos em favor dos seres humanos.

Em 27 de janeiro, com sete votos a favor, um salvo e um contra, os tribunais decidiram que os animais são sujeitos de direitos protegidos pelos direitos da natureza, garantidos pelo artigo 71 da Constituição.

Isso ocorreu em uma ação de habeas corpus apresentada em favor de uma macaca chorongo chamada ‘Estrellita’. Esses princípios implicam que devem ser observados as características, ciclos de vida, estruturas, funções, processos evolutivos diferenciadores de cada espécie, assim como sua interação, diz um comunicado.

Depois de analisar o tema, o Tribunal Constitucional ordenou ao Ministério do Ambiente e à Assembleia Nacional que, com a participação conjunta da Defensoria do Povo, adaptem seus regulamentos às normas dessa decisão. As instituições terão dois anos para debater e aprovar uma Lei que proteja os animais.

“Especialmente, no que se refere a apreensão de animais, os parâmetros mínimos que seus cuidadores devem cumprir, e o reconhecimento expresso dos direitos e princípios relacionados à proteção dos animais como sujeitos de direito”.

Caso ‘Estrellita’

Uma macaca choronga chamada Estrellita viveu 18 anos em uma habitação humana, situação que o poder público tomou conhecimento e para a qual se iniciou um procedimento a fim de conceder a custódia da espécime silvestre a um Centro de Manejo autorizados pela Autoridade Ambiental Nacional.

Infelizmente, o habeas corpus que pretendia a licença de posse da vida silvestre e devolução da macaca foi negado por considerar que a Autoridade Ambiental precisava proteger a Natureza e porque, quando foi apresentado, a macaca chorongo já havia morrido.

Tradução de Bina Foloni

Fonte: Metro Ecuador

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