Tucano fêmea mascote de Artur Nogueira (SP) tem asa cortada e pode demorar 6 meses para voltar a voar
A tucano fêmea Tuca, mascote da cidade de Artur Nogueira (SP), foi resgatada com uma das asas cortadas e passa por reabilitação nesta sexta-feira (11). O animal já foi alvo de maus-tratos antes, passou por outras recuperações e foi “adotado” por um morador em fevereiro deste ano para maiores cuidados. Agora, o cuidador registrou uma denúncia na Polícia Ambiental e Tuca pode demorar até seis meses para voltar a voar.
Vídeo: Tuca, tucano fêmea de Artur Nogueira, tem asas cortadas novamente.
A ave permanece livre, mas tem como rotina voltar no fim de tarde para a residência do assistente de logística Camilo da Silva Gato, que cuida e até fez uma rede social para Tuca – mais de 2,3 mil pessoas acompanham a rotina do bicho pela internet.
No entanto, ela ficou três dias sem aparecer na casa e foi localizada em um sítio próximo a Limeira após ter sido reconhecida, graças à fama nas redes sociais. Segundo o cuidador, Tuca, que tinha um comportamento dócil e se aproximava para receber carinho, está mais arisca.
“É egoísmo. Não pensar nos outros, pensar só em si mesmo, querer um animal desses preso. Ela está um pouco mais arisca, com os movimentos bem mais rápidos. Ela era mais tranquila, mais calma. Ela acaba tendo um processo de agressividade que acaba afetando um pouco no comportamento dela”, diz Camilo Gato.
No início deste ano, Tuca havia se machucado após ter ficado presa em uma cerca de arame farpado. O rapaz cuidou, devolveu o bicho pra natureza, mas pouco depois ela foi achada em uma gaiola com as penas das asas cortadas e voltou aos cuidados de Camilo.
Desta vez, além do registro do crime na Polícia Ambiental, o morador buscou também atendimento em um centro de reabilitação animal em Campinas (SP) para saber se o tucano poderá voltar a voar. A resposta foi positiva, mas vai demorar.
“Ela está ótima, está bem de saúde. Só a pena da asa esquerda que foi cortada. Então, agora é esperar crescer de cinco a seis meses, depende. Tem que ficar em um ambiente controlado, senão um predador pode pegar ela”, explica o veterinário Roberto Stevenson.
Denúncias de crimes ambientais para a Polícia Ambiental podem ser feitas pelo telefone (19) 3565-1288.
Fonte: G1