Urubu é devolvido à natureza após ser resgatado dentro de banheiro de universidade em SC
Um urubu foi flagrado em cima de um vaso sanitário dentro do banheiro de uma universidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O registro foi feito por um aluno na semana passada e viralizou nas redes sociais. A Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) informou que uma professora da instituição resgatou o animal para cuidar em casa. A ave foi solta no domingo (22).
Da espécie urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), o urubu é muito comum na região. Segundo a instituição, ele é visto frequentemente sobrevoando a área urbana e se adapta com facilidade à presença humana.
Após o resgate, a professora do curso de Ciências Biológicas da universidade, Eliara Solange Müller, o levou para a casa e o soltou na manhã de domingo. Segundo ela, os animais não transmitem doenças e são muito importantes para o ecossistema.
“Respeite a vida deles. Caso apareçam nas suas residências, aproveite para admirar, conhecer os detalhes e investigue se não há nenhum resíduo/carcaça atraindo eles”, explicou a professora.
Eliara explica que ao encontrar com um urubu, o correto é sempre devolver para a natureza. No entanto, é importante avaliar a condição de saúde do animal. “Se estiver boa, a primeira opção é a soltura no ambiente imediatamente. Quanto menos contato com o ser humano melhor”, afirmou.
Urubu-de-cabeça-preta
A espécie encontrada na universidade se caracteriza por ser preto com uma faixa branca no final de cada asa. Ele possui entre 56 e 76 centímetros de comprimento e 143 centímetros de envergadura (abertura das asas).
Segundo Eliara, as fêmeas são maiores, pesando em torno de 1,900 Kg. Já os machos pesam em torno de 1,200 kg.
Os urubus são detritívoros, ou seja, se alimentam de carcaças de animais mortos e outros materiais orgânicos em decomposição. Nas áreas urbanas e rurais, buscam restos de comida e partes de animais domésticos abatidos.
A professora lembrou ainda que os animais ajudam no controle ecológico e sanitário dos ambientes, eliminando 95% das carcaças do ambiente.
Fonte: G1