Vaquinha ajuda cão resgatado desnutrido das ruas de Cuiabá (MT) que foi diagnosticado com leishmaniose

Um cachorro vira-lata foi resgatado no dia 8 de abril, dia do aniversário de Cuiabá, e precisa de tratamento. ‘Xomano’, como é chamado em homenagem à capital, foi diagnosticado com leishmaniose e agora a tutora temporária dele criou uma vaquinha na internet para pagar as despesas do tratamento.
A estudante de educação física do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Lethicia Oliveira Castilho, de 28 anos, foi quem resgatou ele e o levou para casa, onde ele está até hoje.
“Fiz o resgate e o levei ao veterinário, onde foi constatado algumas alterações hepáticas. Ele está com anemia severa, tanto é que é perceptível. A coluna vertebral dele ainda é bastante visível. Ele está ganhando peso. Está tendo uma ótima recuperação, mas muito ainda a ser feito”, contou.
Segundo ela, Xomano foi encontrado próximo ao Hospital Santa Helena e estava usando uma coleira, o que reforça a suspeita de que ele tenha sido abandonado.
“Ele é dócil, carinhoso e bom de ‘garfo’. Quando ele foi resgatado, encontramos com coleira, então suspeitamos que ele tenha sido abandonado. Ele está se recuperando em casa, tomando a medicação necessária e precisamos dar seguimento para o tratamento e a procura de um lar definitivo”, explicou.

Segundo ela, ele merece viver em uma família que passe mais tempo em casa.
“Eu tenho uma rotina intensa, não paro em casa. Então, seria interessante que ele encontrasse uma família que lhe dê mais atenção. Mas entre a rua e a minha casa, certamente minha casa é mais aconchegante, porque amor não falta. Ainda assim, ele merece um lar definitivo”, disse.
Animais abandonados em Cuiabá
O número de animais abandonados na capital é de aproximadamente 14 mil, segundo último levantamento da Diretoria de Bem Estar Animal. Segundo eles, o número de resgates realizado pela equipe triplicou durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19.
Uma explicação para esse cenário, de acordo com eles, seria o crescimento do desemprego dos tutores e o número de parentes falecidos, ou seja, quando o tutor morre e a família não se responsabiliza pelo animal de estimação.
No ano passado, a média notificado foi de 98 denúncias mensais durante o primeiro trimestre, o que representa o dobro do que foi registrado em 2018 e 2019.
Fonte: g1