Veneno mata animais selvagens de 47 espécies diferentes

A ideia foi fazer como fazem as pessoas que querem envenenar animais para perceber que espécies são atraídas e por isso correm maior perigo: “Escolhemos iscos como cadáveres, pedaços de cadáver, vísceras ou carcaças de frango que colocámos em diferentes regiões da Península Ibérica e em diferentes habitats, e até a diferentes horas do dia”, conta João Santos, investigador da Palombar.
O resultado surpreendeu todos, em cerca de 600 iscos colocados e estudados foram “enganadas”, atraídas pelos falsos iscos 47 espécies de animais selvagens, “25 por cento são espécies em risco, a nível nacional ou internacional”.
João Santos fala de ursos ou lobos, como de ratos ou cobras, “mas também há casos que morrem assim alguns animais domésticos, como cães ou gatos”.
Resta deixar sublinhado que o envenenamento é crime, punível por lei.
A quem, acidentalmente, se cruzar com algum animal nestas circunstâncias, João Santos recomenda cuidado e, sobretudo “por email ou por telefone, contactar imediatamente a SOS Ambiente e Território – 808 200 520. É um serviço da GNR e está disponível em permanência”.
Acima de tudo, nunca tocar num animal que possa ter sido envenenado.
Por Dora Pires
Fonte: TSF / mantida grafia lusitana original
Nota do Olhar Animal: Parece justificável o estudo para entender quais são os animais mais ameaçados pelos envenenamentos, mas que ele não sirva para hierarquizar moralmente os indivíduos animais. Todo ser senciente tem interesses próprios, em especial os interesses em viver, em não sofrer e em desfrutar de suas vidas.