Veterinária explica os cuidados necessários para se resgatar cães e gatos abandonados
Sempre que se encontra animais abandonados pelas ruas a vontade de resgatar os bichinhos é grande, mas o “ato de afeto” pode ser perigoso se não for feita de forma correta. A negligência com cuidados por desenvolver doenças e outros problemas, totalmente evitados com a atenção necessária. Para ajudar a entender o que fazer nessas horas, o GD conversou com Karol Anne, que é médica veterinária.
Para retirar o animal da rua é necessário muito cuidado, tanto antes, como durante e depois do resgate. A veterinária ressalta que é necessário ter em mente ao resgatar um animal da rua que ele não conhece o novo tutor. Então pode agir de forma agressiva por medo. “É necessário aproximar-se com cuidado, lembrando sempre que são animais que não tiveram contato frequente com carinho, que já passaram por traumas, violência”.
Aproximar-se do pet, mostrando tranquilidade, e com um petisco na mão para atrair a atenção é uma boa maneira de ganhar confiança.
Antes de retirar o animal da rua, sempre confirme que ele não tenha um dono e que está realmente perdido, uma busca nas redes sociais ou perguntando aos vizinhos de onde se encontra o cão ou gato deve ajudar.
Ao se resgatar o animal de rua, alguns cuidados são extremamente necessários. Apenas um banho não basta, é preciso buscar um veterinário para que se faça uma avaliação médica e ter certeza de que pet não está com alguma doença ou membros quebrados. Também é importante a aplicação das vacinas, pois por viverem em um ambiente descuidado podem contrair inúmeros problema de saúde.
“Em cães, as principais vacinas são a v8 ou v10, que protegem contra doenças infectocontagiosas como a cinomose, parvovirose, hepatite e outras mais. Já para felinos, tem opções entre a quádrupla protegendo contra a panleucopenia, rinotraqueite e calicivirose e também a quíntupla onde tem a mesma eficácia para as doenças da quádrupla e também contra a FeLV”, explica a veterinária.
“Ambas as espécies necessitam de vacina antirrábica, que é aplicada para combater a raiva”, ressalta Anne.
É importante lembrar que se já tiver outro animalzinho em casa, ao resgatar o pequeno da rua, não o deixe em contato que os outros já residentes. Principalmente se não tiver passado por um veterinário, pois o pet vindo das ruas pode carregar doenças infeciosas ou até mesmo estar infestado por carrapatos. Por isso a avaliação veterinária é tão necessária.
Há sempre a possibilidade do animal não se adaptar, por isso é muito importante o cuidado na hora de recebê-lo em casa, sendo muito receptivo, demonstrando muita atenção e carinho pelo mesmo. Isso vai ajudá-lo a se sentir mais seguros na residência, tendo sempre muita paciência para lidar com um novo animal. “Sempre buscar formas de fazer com que ali eles vão sentir seguros, buscando dar atenção, carinho, amor e sempre ser paciente”.
Por Ana Beatriz Chireia
Fonte: Gazeta Digital